Eduardo Lourenço distinguido pela Academia Francesa pela divulgação da língua

Filósofo e ensaísta português já fora homenageado em França com os graus de “Officier de l’Ordre de Mérite” e de “Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres”.

O filósofo Eduardo Lourenço, de 93 anos, foi galardoado com o Prémio de Divulgação da Língua e Literatura Francesas pela Academia Francesa, em Paris, por ter escrito parte da sua obra em francês.
De acordo com o sítio online da Academia Francesa, o crítico e ensaísta português é um dos cinco distinguidos com este prémio, a par do suíço Jean Paul Barbier-Mueller, da italiana Elena Fumagalli, da libanesa Mona Makki-Gallet e ainda da Alliance Française, em Abu Dabi.
Estes prémios, criados em 1960 e atribuídos anualmente, são destinados a personalidades francesas ou estrangeiras que tenham prestado serviços excecionais à divulgação da língua e da literatura francesa.
Eduardo Lourenço de Faria, nascido em 1923 no concelho de Almeida, distrito da Guarda, frequentou o curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde foi depois professor assistente. Partiu para França em 1949, onde se encontra radicado até hoje, mas manteve sempre uma forte ligação a Portugal, escrevendo várias obras sobre a sociedade e identidade portuguesa.
Foi leitor de Língua e Cultura Portuguesa nas Universidades de Hamburgo e Heidelberg, na Alemanha, e Montpellier, em França, depois professor de Filosofia na Universidade Federal da Baía, no Brasil. Também foi leitor a cargo do Governo francês nas Universidades de Grenoble e de Nice.
Em Portugal, Eduardo Lourenço foi já distinguido com vários prémios de ensaio e crítica, entre eles o Prémio Camões (1996) e o Prémio Pessoa (2011), além de ter sido condecorado com a Ordem de Sant’Iago da Espada, e a Ordem do Infante D. Henrique.
Em França, recebeu a condecoração de Officier de l’Ordre de Mérite, Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres, e em Espanha a Encomienda de Numero de la Orden del Mérito Civil.
Desde 1999, é administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, entidade que lançou em 2010 um projeto para a publicação de toda a sua obra.


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