Economia do Reino Unido deverá crescer 3,1% este ano

Últimas previsões do centro de pesquisa económica CEBR apontam para um crescimento de 3,1%. Um valor superior às estimativas oficiais, e que poderão dar espaço a uma descida dos impostos antes das eleições do próximo ano.

A economia do Reino Unido deverá crescer 3,1% este ano, impulsionada pelo aumento do rendimento disponível das famílias, pelo investimento das empresas e pelo setor da construção, que irão acelerar a recuperação económica do país. As estimativas são do centro de pesquisa económica CEBR (na sigla inglesa), citado pelo “The Guardian”. De acordo com os especialistas do CEBR, a melhoria dos indicadores económicos beneficiará o Governo na corrida às eleições do próximo ano, porque deverá permitir um corte nos impostos “de cerca de 7 mil milhões de libras” (cerca de 8,5 mil milhões de euros), a incluir no orçamento que será realizado no próximo mês de março. “As eleições vão decorrer numa altura de forte crescimento económico, tendo o PIB crescido cerca de 5% nos dois anos que antecederam as eleições (…) a maioria irá considerar que é um resultado razoável numa época de austeridade”, dizem os especialistas. O CEBR prevê que o PIB avance 3,1% em 2014, o que será o maior crescimento anual desde 2007, ano em que o PIB cresceu 3,4%. Estas últimas estimativas constituem uma revisão em alta dos números, já que a previsão anterior apontava para um crescimento de apenas 2,8%. São igualmente mais optimistas do que as estimativas do Governo britânico, que antecipa um crescimento de 2,7% em 2014, depois do avanço de 1,7% em 2013. No seguimento das preocupações relativas à natureza desequilibrada da recuperação económica – os gastos dos consumidores foram responsáveis por 80% do crescimento verificado no ano passado – o crescimento deverá tornar-se mais uniforme, com o investimento das empresas a aumentar e o setor da construção apoiado numa robusta aceleração na construção de casas, especialmente em Londres”, explica o CEBR. Os gastos dos consumidores deverão contribuir para 46% do crescimento deste ano, ao passo que o investimento das empresas deverá crescer 10,1%, em termos reais, de acordo com as estimativas. Já o rendimento disponível das famílias deverá aumentar 1,5% este ano, depois da quebra de 0,6% registada em 2013.


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