Nuno Garcia, docente do Departamento de Engenharia Informática, viu recentemente aprovada uma nova ação COST.
Este apoio comunitário a projetos de investigação europeus vai decorrer nos próximos quatros anos e visa estudar novas arquiteturas de software, hardware e serviços para Ambient Assisted Living (AAL). Cerca de 40 investigadores de 20 países da União Europeia vão integrar a mais recente ação COST. Uma iniciativa que deverá ser liderada por Nuno Garcia, docente da UBI e que tem entre as suas metas o estudo de algoritmos para uma maior eficiência, particularmente, no que diz respeito ao processamento de grandes quantidades de dados e de bio sinais em ambientes ruidosos; a pesquisa sobre protocolos para (AAL) e ainda, o estudo de protocolos de comunicação e de transmissão de dados em (AAL). Nuno M. Garcia é professor auxiliar do Departamento de Informática da Universidade da Beira Interior e investigador e coordenador do Assisted Living Computing and Telecommunications Laboratory, do polo do Instituto de Telecomunicações na Covilhã. Entre os vários países que compõem o conjunto de nacionalidades presentes no projeto, destaque para a Áustria, Bélgica, Bulgária, Reino Unido, Espanha, Estónia, Itália, Suíça, Sérvia, Portugal, Irlanda, Alemanha, França, Finlândia, Dinamarca e Chipre, Grécia, Noruega, Suécia. Nuno Garcia explica que este tipo de ação “tem um conjunto de áreas científicas onde atua e no nosso caso é especificamente a de tecnologias da comunicação e da informação. Nesta área, já tinha feito a representação nacional num outro programa de investigação. Neste momento acabámos por propor a este Cost, um projeto dentro da nossa área de ação de excelência juntando informática, robótica, sensores, medicina, no sentido de criar soluções que tornem a vida das pessoas mais facilitada, sobretudo pessoas que por uma razão ou outra tenham necessidades mais específicas, como é o caso de pessoas portadoras de deficiência, que têm doenças crónicas, ou que precisam de ajuda nas suas tarefas quotidianas”, explica. O objetivo desta ação é promover e coordenar toda a investigação que se está a realizar e centrá-la no desenvolvimento de novos algoritmos, novas arquiteturas e novas plataformas que possam permitir criar novas soluções nesta área. Os projetos Cost acabam por servir essencialmente como formas de reunir diversos investigadores europeus que trabalham em iniciativas similares e juntar as principais linhas desse trabalho. Daí que, os orçamentos destes projetos “tenham como principal meta, a troca de investigadores e reuniões gerais de membros das equipas e publicações conjuntas”. Criar soluções para uma melhor qualidade de vida e um melhor acompanhamento, nomeadamente de pessoas idosas “é outro dos pontos que vai estar em forte destaque nesta iniciativa”. Uma das áreas que tem conhecido cortes no orçamento “é a da saúde e portanto há a necessidade real de construir soluções que apoiem as pessoas em casa e não nos hospitais, porque aí os custos com a saúde disparam”, aponta Nuno Garcia. Para já, durante o próximo mês deverá arrancar a primeira reunião conjunta, que vai servir, essencialmente, “para estabelecer os mecanismos de ação da investigação”, aponta o docente do Departamento de Informática.