Dez anos a trabalhar pela conservação da natureza

Associação Transumância e Natureza gere cerca de 600 hectares na Zona de Protecção Especial do Vale do CôaA comemorar o 10º aniversário, a Associação Transumância e Natureza (ATN), em Figueira de Castelo Rodrigo, promete continuar a “trabalhar cada vez mais” pela conservação da natureza. Actualmente, a ATN gere quase 600 hectares contínuos na Zona de […]

Associação Transumância e Natureza gere cerca de 600 hectares na Zona de Protecção Especial do Vale do CôaA comemorar o 10º aniversário, a Associação Transumância e Natureza (ATN), em Figueira de Castelo Rodrigo, promete continuar a “trabalhar cada vez mais” pela conservação da natureza.

Actualmente, a ATN gere quase 600 hectares contínuos na Zona de Protecção Especial (ZPE) do Vale do Côa (Reserva da Faia Brava), que inclui locais de nidificação, zonas de alimentação de um dos núcleos mais importantes de aves rupícolas da ZPE e um conjunto importante de habitats protegidos e muito raros nesta região.

Plano de Gestão da Reserva da Faia Brava até 2019

Em 10 anos, a Associação mostra-se satisfeita com a dimensão que este projecto atingiu. No entanto, apesar do facto da ATN ter adquirido estas propriedades, assumindo objectivos a longo prazo, e devido a compromissos com as entidades apoiantes, o projecto da Reserva da Faia Brava “carece de um planeamento rigoroso, monitorização e avaliação de todas as suas acções”.

Assim, em 2009, a ATN preparou o Plano de Gestão da Reserva da Faia Brava (PG-RFB), apresentado ao Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), no âmbito do pedido de classificação da Faia Brava como Área Protegida Privada. O PG-RFB abrange o período entre 2009 e 2019 e visa ser um documento estruturante para a conservação da biodiversidade da área gerida pela ATN, na ZPE do Vale do Côa.

No início desta nova década, a ATN está também a apostar na dinamização de visitas à Reserva da Faia Brava e no desenvolvimento de um conjunto de actividades, também realizadas em parceria com outras entidades.

Projectos

Entre os projectos que a ATN se propôs concretizar estão: o estudo e conservação da fauna e flora da bacia dos vales do Côa, Águeda e Douro; a sensibilização e educação ambiental; a elaboração e implementação de projectos ambientais de desenvolvimento rural (agrícolas, pecuários, florestais e cinegéticos) compatíveis com a conservação da natureza; o apoio técnico nas áreas de produção e protecção florestal sustentável a prestar aos sócios produtores florestais; a valorização, recuperação e promoção de património cultural, arquitectónico e arqueológico da região; o estabelecimento de parcerias com organizações nacionais e internacionais; a divulgação ambiental e científica; e a formação profissional.

ATN cria abrigo fotográfico

A partir de 1 de Março deverá estar a funcionar em pleno o novo abrigo fotográfico/observatório, do alimentador de aves necrófagas, construído especificamente para a fotografia de abutres.

A Associação Transumância e Natureza salienta que a fotografia de aves a partir de abrigo “implica algumas horas de espera por parte do fotógrafo, e nem sempre é bem sucedida”, adiantando que no alimentador de aves necrófagas da Reserva Biológica da Faia Brava foi construído um abrigo fotográfico “com qualidade e conforto”.

A organização providencia o abastecimento regular do alimentador com restos de ossos e carne ou animais inteiros, para permitir que estas aves estejam habituadas a este fornecimento suplementar de alimento.

Este abrigo fica localizado na Zona de Protecção Especial do Vale do Côa, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, numa zona de eleição para as aves rupícolas, com acesso a partir da aldeia de Algodres. Foi construído no interior de um alimentador de abutres, que está localizado num ponto elevado, sobranceiro ao rio, com poucas árvores e alguns afloramentos rochosos.


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