Numa pergunta dirigida ao Ministério do Ambiente, o deputado questiona se a tutela reconhece que o Açude da Ponte Nova “é uma infraestrutura hidráulica que se justifica reconstruir?”.
O socialista quer também saber se o Ministério do Ambiente está disponível para, em diálogo com as Câmaras Municipais de Gouveia e de Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, “elaborar um programa de ação e o respetivo projeto para recuperar o açude para fins múltiplos e regularização do curso do rio Mondego”.
Segundo o deputado eleito pelo círculo eleitoral da Guarda, a Ponte Nova é uma povoação anexa da freguesia de Vila Franca da Serra, no concelho de Gouveia, situada na confluência da ribeira de Linhares com o rio Mondego, na fronteira entre os municípios de Gouveia e de Fornos de Algodres.
“A existência de vestígios de calçada romana mostra-nos que o local foi desde há séculos ponto de passagem da Serra da Estrela para a região de Viseu”, explica.
No documento relata que “era também terra de moinhos e moleiros, como o certificam ruínas várias ao longo do rio e da ribeira”.
Santinho Pacheco conta que a água que abastecia os moinhos “era conduzida por levadas, a partir de um açude existente no rio Mondego, a montante da foz da ribeira de Linhares”.
No entanto, esclarece que, há cerca de 30 anos, uma grande cheia na bacia do rio Mondego fez desmoronar o açude, particularmente na sua margem direita, e “nunca mais ninguém se preocupou com o estado dessa secular infraestrutura”.
“Hoje, a Ponte Nova prepara-se para um tempo novo assente num turismo de natureza e na ruralidade pura da Serra da Estrela e do rio Mondego”, pelo que, em sua opinião, a reconstrução do referido açude ganha “nova atualidade”.