Elmano Sancho cria uma peça que examina as fronteiras de género, montada para e com um grupo de intérpretes transformistas, na senda de trabalhos anteriores deste artista focados num teatro documental, que pensa a sexualidade na sociedade contemporânea.
Elmano Sancho evoca a conflituosa reviravolta de expectativas em torno do seu nascimento para levantar o véu de Damas da Noite: os pais esperavam uma menina, de nome já destinado, Cléopâtre, mas nasceu um menino. Para erguer essa figura ficcionada chamada Cléopâtre, Elmano Sancho imergiu no mundo fascinante e provocador do transformismo. Os artistas transformistas “vestem a pele de um outro, tentam ser um outro”. São “flores que abrem de noite”, intérpretes de uma transformação “pautada pela transgressão, o desconforto, a ambiguidade, a brutalidade dos corpos e a violência das emoções”.
Através dessa interpretação paradoxal da diferença, Damas da Noite explora a presença ou ausência de fronteiras entre realidade e ficção, ator e personagem, homem e mulher, teatro e performance, tragédia e comédia, original e cópia, interior e exterior, dia e noite.
Trata-se de uma co-produção da Casa das Artes de Famalicão, Culturproject, Lobo Solitário, Teatro Nacional D. Maria II Teatro Nacional S. João, com o apoio da Direção-Geras das Artes.
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