O presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Baptista Ribeiro, disse hoje à agência Lusa que as iniciativas de recriação do cerco ocorrido em 1810, durante a terceira Invasão Francesa, envolverão “mais de 400 recriadores”.
“Em maior número são portugueses e espanhóis, mas vêm também ingleses, dinamarqueses, franceses, dos países de leste e do norte da Europa. Temos cada vez participantes de diferentes países fruto da divulgação e da promoção que temos feito nas feiras internacionais [de turismo]”, disse o autarca.
Almeida também aderiu recentemente à Federação das Cidades Napoleónicas, o que contribui para o aumento do número de recriadores e de figurantes no evento anual que, segundo o responsável, deverá atrair “mais de 15 mil visitantes”.
“No ano passado aproximámo-nos desse número [15 mil]. Creio que este ano podemos ultrapassar largamente os 15 mil visitantes”, entre nacionais e espanhóis, vaticina.
As atividades comemorativas do cerco da vila de Almeida, na Guarda, começam na quinta-feira, com a realização de um seminário internacional de arquitetura militar, mas as ações evocativas do acontecimento que levou à capitulação daquela praça-forte a 28 de agosto de 1810, que envolvem os recriadores nacionais e estrangeiros, irão decorrer entre sexta-feira e domingo.
“Além da recriação histórica, este ano também apostámos muito noutros espetáculos, nomeadamente na ‘Messe dos Soldados’, na sexta-feira à noite, com 600 inscrições, e melhorámos ao nível da animação”, disse António Baptista Ribeiro.
O autarca adiantou que o “dia grande” das comemorações será no sábado à noite (23 horas), com o cerco, a batalha noturna e o espetáculo piromusical de recriação da explosão do castelo.
No domingo, pelas 11 horas, será recriada a Batalha do Côa, junto da ponte sobre o rio Côa, nas proximidades de Almeida, onde será feita a rememoração do combate ocorrido naquele local em 24 de julho de 1810.
A edição deste ano do evento também inclui um mercado oitocentista e, como “grande novidade”, a realização de um acampamento militar alusivo à época das Invasões Francesas, com a recriação de um campo de batalha e de um hospital militar.
As atividades que evocam as Invasões Francesas de 1810 estão integradas na estratégia municipal de candidatura da vila de Almeida a património mundial no âmbito da inscrição das “Fortalezas Abaluartadas da Raia”.
A antiga praça-forte de Almeida, construída nos séculos XVII e XVIII, está localizada perto da linha de fronteira com Espanha e é considerada uma “joia” da arquitetura militar abaluartada.
Pode consultar toda a informação sobre o evento aqui.
