Diafragma é o primeiro festival internacional de fotografia da Covilhã e vai decorrer de 14 de maio a 6 de junho, com uma programação “diversificada” e a participação de 80 fotógrafos de 6 nacionalidades, foi anunciado ontem durante a conferência de imprensa de apresentação do certame.
Com o tema genérico, “Há só uma terra”, o festival cria a oportunidade de observar, sob diferentes prismas, o que a lente de cada fotógrafo captou, tanto em fotos físicas nas várias exposições, como em eventos on-line que irão decorrer no site e na página de facebook do festival.
Em exposição física irão estar trabalhos artísticos de vinte e dois artistas e de dois grupos de jovens alunos das escolas Campos de Melo e Quinta das Palmeiras em exposições dispersas por quatro espaços culturais do concelho: Tinturaria – Galeria de Exposições, Museu de Lanifícios/UBI e Biblioteca Municipal, na Covilhã, e Casa da Cultura José Marmelo e Silva, no Paul.
Com artistas oriundos do México, India, Finlândia, Itália, Brasil e Portugal, durante o certame, para além das exposições, estão agendados um ciclo de cinema, dedicado a Jorge Pelicano e que contará, a 5 de junho, com a presença do realizador; mesas redondas, projeções, oficinas, apresentação de livros e passeios fotográficos.
Uma programação “eclética” que “orgulha o município” disse Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura no município. A autarca vinca que “a iniciativa foi pensada para se enquadrar no plano de ação da candidatura da Covilhã a Cidade Criativa da Unesco”, explicando que “tem a ver com a sustentabilidade ambiental e será relevante no plano de ação da candidatura”.
O festival esteve inicialmente previsto para 2020, mas a pandemia obrigou ao seu adiamento, explicou ainda a autarca, frisando que este é o primeiro mas “terá continuidade”, disse.
É um festival que “abraça causas”, disse o diretor artístico e curador geral do festival, Nelson Silva, afirmando que tem “a preocupação com a defesa do ambiente e dos recursos” e abraça ainda a bandeira “da paridade de género e o envolvimento das escolas”.
“A diversidade e a qualidade de oferta do festival” coloca-o em “alta cotação neste circuito a nível nacional”, sustentou ainda o responsável.
O curador, para além da “excelência” das exposições, da “originalidade” das projeções e da qualidade das mesas redondas e oficinas, bem como dos livros a apresentar, um deles sobre a Covilhã da autoria de Augusto Brázio, destaca os passeios fotográficos.
Denominando-os de “safaris de fotografia”, explica que um será urbano, na Covilhã, a 15 de maio e outro a 5 de junho no Paul, “com partida da Casa da Cultura José Marmelo e Silva e chegada à Ribeira, percorrendo todo o Paul antigo e a sua ruralidade”.
Um “programa completo” no primeiro festival que a Câmara da Covilhã e o próprio curador organizam mas dada a “diversidade e riqueza” que apresenta “ninguém diria que é o primeiro” sustenta ainda Nelson Silva.
O certamente tem um orçamento previsto de 10 mil euros, o que só é possível porque “muitas das iniciativas decorrem on-line”, defendeu Regina Gouveia.
Pode consultar toda a programação e pormenores do festival AQUI.