“Solicito alguma prudência” na interpretação dos números, pediu Diogo Cruz na conferência de imprensa diária no Ministério da Saúde, indicando que se tem assistido “na comunicação social a algum alento pelos números mais baixos” no aumento de casos e mortes provocados pela doença.
O secretário de Estado salientou que há razões para contentamento por os números estarem “mais baixos do que já foram”, mas lembrou que se está ainda numa “fase de importante luta contra esta pandemia” e apelou para que se mantenham as medidas de contenção e isolamento social durante o período da Páscoa, que se assinala no fim da semana.
“Não sabemos o dia de amanhã”, declarou Diogo Cruz, pedindo a “todos que não abrandem os esforços feitos até agora” e notando que isso é uma dificuldade, “sobretudo nesta fase” em que as famílias tradicionalmente se juntam.
O objetivo é “manter uma evolução favorável” do contágio com covid-19 em Portugal para que se possa sair “o mais cedo possível” do estado de emergência, que vigora desde as 00:00 de 19 de março.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).