“Desde 2017 que se notava um crescimento do valor das receitas e do número de visitante que só foi interrompidos em 2020, com a chegada da pandemia, registando-se uma quebra de 20%. Para além desta quebra houve também projetos na área cultural programados para museu que não foram por distante tanto ao nível das artes como do património”, disse o presidente da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro.
O presidente da Fundação Côa Porque disse à Lusa que o ano de 2020 foi de “resistência”.
A unidade museológica dedicada à divulgação e mostra da arte rupestre do vale do Côa, instalada em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda, amealhou até outubro de 2020, 270 mil euros de bilheteira.
Em 2019, a receita foi de 320 mil euros.
“Dados os meses excecionais que foram os meses de julho, agosto e setembro, conseguimos equilibrar as contas da fundação, já que se registava uma quebra de 20% nas receitas próprias e visitantes. Foi um feito notável porque houve instituições do género que reagiram quebras a nível nacional e internacionais muito superiores, em alguns casos a rondar os 90%”, indicou Bruno Navarro.
O responsável pelo Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa frisou que estava “insatisfeito”, porque se quebrou, devido à pandemia, “um ciclo notável de crescimento nos últimos três anos”.
“Durante o mês de agosto houve uma procura extraordinária por parte dos visitantes, ao Museu e Parque Arqueológico, o que fez com o que o crescimento de visitas fosse de mais de 90%, face ao período homólogo, com 14.954”, exemplificou Bruno Navarro.
O responsável concretizou, que, no mês de agosto, visitaram o museu 11.854 pessoas, enquanto o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) teve 3.100 visitantes, o que significa uma dos melhores de sempre.
“Mas todos nós nos batemos, para resistir às quebras registas provocadas pela covid-19”, vincou.
A perspetiva de Bruno Navarro para 2021 é de “crescimento” do número de visitas logo a partir do primeiro trimestre do ano.
“A partir do primeiro trimestre de 2021 prevemos um incremento gradual da nossa atividade havendo em plano muitas novidades para o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa”, enfatizou.
Como uma imensa galeria ao ar livre, o Vale do Côa apresenta mais de mil rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 80 sítios distintos, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de 25.000 a 30.000 anos.
Pelo Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa, nos últimos 25 anos, já passagem mais de 615 mil visitantes.