Contrato para recuperação do Hotel Turismo da Guarda assinado em maio

O contrato para recuperação do Hotel de Turismo da Guarda, no âmbito do Programa Revive, será assinado “no início do mês de maio”, anunciou ontem a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

“Todo o concurso está terminado. Finalmente, um problema resolvido, depois de anos que não se conseguia desembrulhar, pelos vistos, afinal conseguiu resolver-se”, disse Ana Mendes Godinho aos jornalistas, na Guarda, após a cerimónia inaugural da Feira Ibérica de Turismo (FIT).

O presidente da Câmara Municipal, Álvaro Amaro, disse no seu discurso que localmente “havia muita expectativa de que era hoje o dia em que definitivamente se entregava o Hotel de Turismo da Guarda a quem ganhou essa concessão”.

Os jornalistas questionaram a secretária de Estado do Turismo sobre o assunto, que respondeu que o concurso para a entrega do hotel à empresa concorrente “está concluído” e o contrato “será assinado nos próximos dias”.

“No início do mês de maio vai ser assinado”, afirmou a governante.

Segundo Ana Mendes Godinho, o presidente da autarquia “está mais do que descansado”, porque o Governo conseguiu “encontrar uma solução para o hotel depois de anos em que não se conseguiu arranjar uma solução”.

A inclusão no Programa Revive “foi uma forma precisamente de garantir que o processo era célere e que se conseguia operacionalizar rapidamente esta concessão, foi o que aconteceu”, observou.

Em sua opinião, a decisão do Governo permitirá devolver o hotel à Guarda e transformá-lo “numa âncora de desenvolvimento regional”.

No discurso proferido na abertura da 5.ª edição da FIT, o presidente da autarquia da Guarda lembrou que “já se discutiu muito” sobre o hotel e tinha a esperança de que hoje pudesse ocorrer a assinatura do contrato com a empresa que o vai recuperar.

“Afinal, parece que não vai ser, mas como a FIT se prolonga pelo menos até ao dia 08 [com a realização do Fórum Vê Portugal na cidade, nos dias 07 e 08 de maio], que seja a 07 ou que seja a 08”, admitiu.

No entanto, Álvaro Amaro pediu que o processo “não demore muito mais”.

O autarca justificou o apelo por o limite de quatro anos para a reabertura da antiga unidade hoteleira só começar a contar “a partir do momento em que estiver assinado” o respetivo contrato.

O Governo anunciou em fevereiro que o edifício do antigo Hotel de Turismo da Guarda vai ser recuperado pelo agrupamento de empresas MRG, no âmbito do Programa Revive, num investimento global estimado de sete milhões de euros.

Uma nota do Gabinete da Secretária de Estado do Turismo explicava que o consórcio fica com a concessão do imóvel icónico da Guarda “durante 50 anos, mediante o pagamento de uma contrapartida anual de 63 mil euros”, estando o investimento total de recuperação do edificado estimado em sete milhões de euros.

O Hotel Turismo da Guarda foi projetado em 1936 por Vasco Regaleira e é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade da Guarda, estando situado no centro da cidade mais alta do país.

Em 2010, o Turismo de Portugal comprou o imóvel à Câmara Municipal para um projeto de requalificação turística, mas esse projeto foi abandonado em 2012 e o hotel está desde então devoluto.


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