Turismo fixa pessoas e cria empregos no interior

Para o Turismo de Portugal a FIT “não se pode resumir a quatro ou cinco dias, tem de ser uma mostra que perdure ao longo do ano”.

O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, disse na sexta-feira, na Guarda, na abertura da FIT, que o setor está a contribuir para a fixação de pessoas e para a criação de novas oportunidades de emprego nas regiões do interior.

Segundo Luís Araújo, os dados de 2017 indicam que os “crescimentos maiores” no setor do turismo foram registados em regiões de baixa densidade, nomeadamente na região Centro e no Alentejo.

O turismo está também a contribuir para a “consolidação de produto turístico, de fixação das populações e de criação de novas oportunidades de trabalho e de emprego nestas regiões”, disse o responsável à agência Lusa, na Guarda, onde participou na inauguração da Feira Ibérica de Turismo (FIT).

O presidente do Turismo de Portugal referiu que também decorreu na Guarda o Fórum Redes Colaborativas sobre “A importância das estratégias integradas na valorização dos recursos”, que permitiu discutir o que é possível fazer “para estruturar o produto e promover melhor” aquilo que existe de melhor nas regiões – gastronomia, cultura e património – “para chegar a mais mercados”.

O Turismo de Portugal referiu que “aspetos organizativos, a capacitação das organizações e a definição de estratégias integradas de valorização dos recursos têm marcado a diferença no que diz respeito à estruturação de produtos turísticos nos territórios do interior, tidos como mais débeis em recursos fundamentais para o desenvolvimento”.
“Agora, a criação de marca, a comercialização e a internacionalização, são os grandes desafios para a oferta turística já criada e a criar”, adiantou em comunicado.

Sobre a 5.ª edição da FIT, que decorre até terça-feira no Parque Urbano do Rio Diz, na Guarda, com a participação de cerca de 200 expositores, sendo 20 de Espanha, Luis Araújo reconhece que “já tem um percurso, já tem uma marca”, mas “este tipo de feiras tem que estar ancorada na venda”.

“Tem que aglutinar públicos e privados, tem que mostrar o que de melhor tem Portugal, mas sempre numa perspetiva de venda e de continuidade ao longo do ano”, disse Luís Araújo à Lusa.

Para o Turismo de Portugal a FIT “não se pode resumir a quatro ou cinco dias, tem de ser uma mostra que perdure ao longo do ano”.

“Se nós conseguirmos fazer isso, a FIT é claramente um sucesso. Mas esse é um desafio que não cabe só ao Turismo de Portugal, nem à Câmara Municipal da Guarda, cabe a todos, públicos e privados”, concluiu.

Participam na feira regiões de turismo, agências de viagens, hotéis, termas, associações de municípios, comunidades intermunicipais, autarquias, empresas de enoturismo e ligadas ao desporto de aventura, gastronomia ou artesanato e organismos oficiais.

A FIT celebra este ano a eleição de Portugal, pela World Travel Awards, como “o ‘Melhor Destino Turístico do Mundo’ em 2017” e presta homenagem a este destino turístico.

Com a realização da feira, a Câmara da Guarda pretende “incentivar a troca de experiências, abrindo as portas a novos mercados, bem como a produtos turísticos diferenciadores, e ainda dar a conhecer o património natural e histórico e a gastronomia, atraindo turistas, visitantes e também investidores”.


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