Concerto solidário em Coimbra angaria verbas para vítimas dos fogos

Zambujo, Rui Veloso e Dengaz no cartaz de concerto pelas vítimas dos incêndios, que se vai realizar na próxima terça-feira no Convento São Francisco.

O grande auditório do Convento São Francisco, em Coimbra, acolhe na terça-feira o espetáculo de solidariedade “É preciso acreditar”, cuja receita reverte a favor das vítimas dos incêndios do dia 15, foi hoje anunciado esta quarta-feira.

Rui Veloso, António Zambujo, Dengaz, André Sardet, João Pedro Pais, João Só, Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, Amor Eletro, João Gil, José Cid, Gonçalo Tavares, Fado à Capella e Tatanka já anunciaram a sua participação voluntária no evento. “As verbas angariadas servirão prioritariamente para ajudar de forma direta e imediata pessoas que dependem de microeconomia e economia de subsistência, que ficaram privadas de exercer a sua atividade pela destruição de que foram vitimas”, refere a organização. O preço dos bilhetes varia entre os 15 e os 40 euros e a receita angariada será entregue à Cáritas Diocesana de Coimbra, cujas movimentações são auditadas pelo Ministério da Administração Interna.

Por outro lado, salienta a organização, através do sítio na Internet www.caritascoimbra.pt “qualquer pessoa pode consultar o destino das verbas entregues”. O espetáculo tem associada uma linha de valor acrescentado, pelo que os interessados em contribuir podem ligar 760106010 (custo da chamada 0,60Euro + IVA). A organização adianta ainda que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já mostrou o seu apoio à iniciativa e tem “na sua agenda uma passagem pelo evento”.

Em junho, um grupo de 25 artistas também se juntou no Meo Arena, em Lisboa, para um concerto solidário a favor das vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande, que rendeu 1,153 milhões de euros. As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro. Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.


Conteúdo Recomendado