Biblioteca Municipal da Guarda assinala 150 anos do nascimento de Camilo Pessanha

As atividades evocativas do poeta começam no dia 03 de novembro com a abertura da exposição “Camilo Pessanha – um poeta ao longe”.

A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL), na Guarda, anunciou que no mês de novembro vai destacar a vida e a obra do poeta Camilo Pessanha, no âmbito das comemorações dos 150 anos do seu nascimento.

O ciclo dedicado a Camilo Pessanha (1867-1926), considerado “um dos maiores representantes do simbolismo em Portugal”, segundo a BMEL, inclui duas exposições, uma conferência, uma performance e um documentário.

As atividades evocativas do poeta começam no dia 03 de novembro com a abertura da exposição “Camilo Pessanha – um poeta ao longe”.
A mostra, organizada em oito núcleos temáticos, ilustra e documenta diferentes vertentes da vida e obra de Camilo Pessanha, abordando temáticas como a família, a juventude e o início da vida profissional, e “destacando a presença em Macau, onde foi professor, jurista, cidadão e a sua ligação à arte e à cultura chinesa”, refere a BMEL em nota hoje enviada à agência Lusa.

Segue-se, no dia 14, às 18:00, a conferência “Pessanha ou a poesia como vestígio”, que será proferida por Gustavo Rubim, professor de literatura na Universidade Nova de Lisboa.

“A partir de alguns poemas de ‘Clepsydra’, única e problemática edição de poesia de Camilo Pessanha, Gustavo Rubin explicará que a fragilidade do livro decorre de uma meditação consistente sobre a fragilidade de todas as marcas e que ‘o poema é, pois, vestígio – não é símbolo'”, explica a fonte.

Nos dias 17 (às 17:00, 19:00, 21:00 e 23:00) e 18 (14:15 e 18:00) decorrerá a performance “Oráculo” pelo encenador, intérprete, músico e ‘designer’ Gil Mac.

“Trata-se de uma performance intimista para que assista uma ou duas pessoas de cada vez. Uma experiência irrepetível inspirada no tarot. O destino transportado pelo baralho da vida de Camilo Pessanha e a sua ‘Clepsydra’, obra seminal do simbolismo português”, refere a BMEL.

Segue-se, no dia 21, às 18:00, a exibição do documentário “Camilo Pessanha, um poeta ao longe”, de Francisco Manso.

O público da Guarda é convidado a assistir a “uma incursão pela vida e obra de Camilo Pessanha”, as imagens dos lugares por onde passou, os depoimentos de especialistas, a voz do poeta evocada através da leitura de poemas e fragmentos de cartas dirigidas a amigos, em particular, a Ana de Castro Osório, é indicado.

O ciclo dedicado ao poeta encerra com a exposição de fotografia “O imaginário de Camilo Pessanha: foto ficções”, de Victor Belém, que estará acessível ao público a partir do dia 28 de novembro.

A mostra será composta por um conjunto de 24 foto ficções da autoria do artista plástico Victor Belém (1938 – 2015) sobre o imaginário da vida e obra do poeta, cedidas pelo Museu do Oriente.

A organização refere que o trabalho “ilustra as várias fases da vida de Camilo Pessanha desde a juventude: a partida para Macau, o seu amor por Ana de Castro Osório e o tema do ópio e da morte”.

Considerado o expoente máximo do simbolismo em língua portuguesa, Camilo Pessanha nasceu em Coimbra, em 07 de setembro de 1867, e morreu em Macau, em 01 de março de 1926, onde vivia desde 1894.


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