“Será uma instalação faseada. Neste momento já temos a parte operacional. A parte administrativa, com a gestão de recursos, logística e financeira, já está também a ser instalada. Numa fase posterior serão outras secções”, explicou o comandante da UEPS, brigadeiro-general José Rodrigues, esta manhã durante a assinatura do contrato de cedência de instalações com a Câmara Municipal a Guarda.
O comando da UEPS fica instalado na antiga Escola de São Miguel, que encerrou no início do verão.
O comandante da UEPS explicou que já estão instalados naquele espaço a companhia e o posto, que já residiam na Guarda, e que irão transitar militares e secções que estavam em Lisboa.
“Vamos iniciar hoje a transição faseada, deveremos ter 50 a 55 militares nesta primeira fase. A segunda fase decorrerá nas próximas semanas e a última dependerá de um investimento futuro que tem a ver a construção de alojamentos e edifícios de apoio”, precisou o brigadeiro-general José Rodrigues.
Nessa altura virá “o grosso do comando que está em Coimbra para as instalações definitivas aqui. Serão cerca de 200 militares a operar aqui diariamente”, assinalou o responsável.
O comandante não apontou datas para a conclusão da transição, estando o processo “dependente dinâmica do investimento”.
O brigadeiro-general assinalou que tem havido “a preocupação” de salvaguardar as condições de vida dos militares. “É normal que os militares que estejam radicados em determinada zona não se queiram movimentar com as famílias”, admitiu.
Por essa razão, justificou, é que a transição “foi feita de forma faseada para que haja tempo”.
O comandante da UEPS explicou que no processo há dois tipos de situações, aqueles que são da zona e estando noutros locais querem regressar às origens e aqueles que estando em Lisboa, em Coimbra e outras cidades “queiram uma vida diferente e vir para a Guarda”.
O responsável considerou que o local onde fica instalada o comando da UEPS tem “muito potencial para expansão” confirmando estar em estudo a possibilidade de ser ali instalado o heliporto para receber as brigadas helitransportadas.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda) revelou durante a cerimónia de assinatura do contrato para a cedência das instalações que lançou o desafio à tutela para que o Comandando Territorial da GNR da Guarda se instale em zona contígua à antiga escola, agora ocupada pela UEPS.
O autarca lembrou que seria libertado o local atualmente ocupado pela GNR no centro da cidade para dar lugar a uma nova praça central, criar uma grande entrada para o Teatro Municipal da Guarda e também um novo acesso ao bairro do Bonfim.
O autarca realçou que a instalação da UEPS na Guarda “é um marco significativo na história da Guarda”. “É um dia marcante para a Guarda porque hoje se faz coesão territorial e se honram os compromissos”, sublinhou.
Sérgio Costa agradeceu “a lealdade” ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, pela “firme convicção que era esta a solução”. Mencionou ainda o antigo ministro Eduardo Cabrita por ter tomado a decisão de instalar na Guarda o comando da UEPS.