Circuito de automóveis clássicos promove regiões e museus do Centro

A primeira edição do circuito de automóveis clássicos Beira Serra, que visa “projetar a importância” dos patrimónios museológico da região Centro e dos carros antigos, vai realizar-se nos dias 31 de maio e 1 de junho.

Promovida pela Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC) e pelo Clube Automóvel do Centro (CAC), a primeira edição do circuito ‘Beira Serra/Clássicos do Centro – Por esses museus fora…” ligará Coimbra, por Pampilhosa da Serra, a Castelo Branco e Sertã, anunciaram os organizadores, durante uma conferência de imprensa em Coimbra. Sublinhando que se trata de “um passeio e não de um rali” (embora a iniciativa também vise, de algum modo, “recuperar a ideia” do Rali Clássicos do Centro, organizado em 1986 pelo CAC), Vítor Oliveira e Silva, presidente do clube automóvel, disse que os promotores do circuito querem reunir na edição deste ano do circuito um número de automóveis clássicos “nunca inferior a cinquenta”. Dedicado ao Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, o circuito Beira Serra 2014 terá início em Coimbra, no Convento de Santa Clara-a-Velha, às 9 horas de 31 de maio, estando previsto que os participantes almocem em Pampilhosa da Serra, vila onde farão um “circuito de exibição”. A caravana automóvel deverá chegar às 17 horas a Castelo Branco, onde, depois de uma “passagem triunfal” pela cidade, as viaturas ficarão expostas junto ao Museu Tavares Proença Júnior e os condutores e acompanhantes (e “público em geral”) participarão em diversas iniciativas, designadamente uma visita ao museu. O passeio termina ao final da tarde, com uma exibição dos clássicos na Sertã, depois de, em Castelo Branco, se ter realizado um desfile e uma prova complementar. Durante o trajeto do circuito, ocorrerão diversas paragens em locais cujo património e/ou paisagem justifiquem e nas localidades referidas realizar-se-ão diversas ações, como visitas guiadas, exposições, circuitos e palestras. O Beira Serra visa promover o património automóvel e as regiões “numa simbiose de interesses, que visam captar mais e novos olhares sobre estas áreas, diversificando as actividades das organizações envolvidas, capitalizando mais visitantes e divulgando estes patrimónios”, sublinhou Artur Corte-Real, director da Rede de Museus no Centro. A Rede no Centro reúne, além do Convento de Santa Clara-a-Velha e do Museu Tavares Proença Júnior, os museus de Aveiro, da Guarda, da Cerâmica e José Malhoa, nas Caldas da Rainha, e Joaquim Manso, na Nazaré. Em 2015, o circuito será dedicado ao Museu da Guarda, anunciou a diretora da DRCC, Celeste Amaro, indicando que se seguirão os restantes museus da Rede no Cento nos anos subsequentes. “Estes tempos de crise levam a que a cultura saia um pouco do quadrado onde costuma estar”, sustentou Celeste Amaro, assegurando que “a falta de dinheiro” faz com “que se consiga concretizar projectos que não se conseguiria” noutras circunstâncias económicas. “Estas alturas em que não há dinheiro obrigam-nos a pensar” e “dão-nos mais prazer realizar; quando há dinheiro é fácil”, afirmou.


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