Aquele órgão, presidido por Mário Jorge Branquinho, manifesta igualmente “toda a solidariedade à população afetada e aos órgãos autárquicos democraticamente eleitos” no concelho de Almeida, distrito da Guarda.
No documento, a mesa da Assembleia da CIM-BSE repudia a “insensibilidade com que é tratada uma parte significativa da população e junta-se à justa reivindicação da população de Almeida, a quem tanta falta faz este serviço público, independentemente do volume de negócio em causa”.
“Não pode este ou qualquer outro governo, como não podem as instituições governamentais e os partidos políticos em geral, falar da importância de ‘discriminar positivamente o interior do país’ e, depois, retirar a esses territórios os serviços que mais falta lhe fazem. Ou simplesmente desprezar com displicência as pessoas destes territórios”, é referido.
O documento considera ainda que “discriminar positivamente o interior” é “criar exceções que lhe permitam colmatar fragilidades, como quando se criam exceções para colmatar graves falências dos sistemas financeiros, ou das incúrias ou falhas graves de governantes”.
Assinala que “governar é criar condições para o bem-estar das populações, com os custos que daí advêm”, por isso, considera que, “sendo a Caixa uma entidade pública, caberá ao Governo desenvolver esforços no sentido de sensibilizar a gestão para se criar a exceção necessária sem por em causa qualquer projeto de recuperação desta entidade bancária”.
A mesa da Assembleia da CIM-BSE apela ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e ao primeiro-ministro, António Costa, que atendam a “justa reivindicação da população de Almeida”.
O documento foi enviado ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República, ao primeiro-ministro, aos grupos parlamentares e deputados eleitos pelo círculo eleitoral da Guarda, aos presidentes das Câmaras Municipais da CIM-BSE e aos deputados intermunicipais.
A CIM-BSE é constituída por 15 municípios, sendo 12 do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).
O fecho da agência de Almeida faz parte do plano da CGD para encerrar 61 agências por todo o país e consta da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, na sequência da recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros.
Com o fecho do balcão de Almeida, já efetuado, os habitantes têm de se deslocar a Vilar Formoso, que dista cerca de 15 quilómetros da sede de concelho, o que tem motivado protestos.