Certificação garante genuinidade do queijo produzido na Serra da Estrela

O consumidor sabe que «está a comer um produto genuíno, um produto que é distinguido em qualquer zona do país e no estrangeiro». A certificação do queijo Serra da Estrela garante ao consumidor a genuinidade do produto, disse esta quinta-feira à agência Lusa fonte da Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela, entidade que […]

O consumidor sabe que «está a comer um produto genuíno, um produto que é distinguido em qualquer zona do país e no estrangeiro».
A certificação do queijo Serra da Estrela garante ao consumidor a genuinidade do produto, disse esta quinta-feira à agência Lusa fonte da Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela, entidade que representa os produtores certificados da região demarcada. «Há sempre vantagens na certificação, só usando a DOP (Denominação de Origem Protegida) Queijo Serra da Estrela, [o produtor] pode vender o produto como tal», segundo Célia Henriques, técnica da Estrelacoop, com sede em Celorico da Beira. A responsável observa que o «queijo de ovelha curado pode ser produzido em qualquer parte do país com leite em pó, com leite vindo de Espanha, enquanto o queijo Serra da Estrela só pode ser produzido na sua área geográfica, com leite de ovelhas da raça Serra da Estrela ou Churra Mondegueira que pastam, que dormem na região». Referiu que o consumidor, comprando o queijo Serra da Estrela «está a comer um produto genuíno, um produto que é distinguido em qualquer zona do país e no estrangeiro». Na área geográfica de produção existem 19 produtores que estão a certificar os seus produtos, distribuídos pelos concelhos de Celorico da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Gouveia, Seia, Oliveira do Hospital, Nelas e Penalva do Castelo. Segundo a técnica da Estrelacoop, entidade gestora da DOP do queijo Serra da Estrela, «o número de produtores tem-se mantido em relação ao ano passado». No entanto, observa que «alguns deles têm aumentado a sua produção, comprando leite de ovelhas Serra da Estrela a produtores vizinhos que cumprem com todos os requisitos», desde o controlo da raça dos animais, ao bem-estar animal e à higiene no leite. Célia Henriques indicou que os produtores de queijo Serra da Estrela têm que ter as queijarias licenciadas pela Direção Regional de Agricultura, adiantando que, neste momento, estão duas queijarias, uma em Seia e outra em Gouveia, com o processo em fase de conclusão. «O único queijo a que pode chamar-se queijo Serra da Estrela» é «um produto genuíno, com regras de produção e um caderno de especificações a ser cumprido», que é vendido no produtor entre os 14 e os 15 euros por quilo, apontou a responsável. Quando o produtor «não cumpre as regras de produção», porque «os valores microbiológicos não estão conformes» e «as características do queijo não são as do queijo Serra da Estrela», é-lhe retirada certificação até «resolver o problema», indicou. Nestas situações, só quando a situação estiver corrigida, com acompanhamento pelo organismo de controlo e certificação, é que o visado «pode voltar a usar a DOP queijo Serra da Estrela», concluiu.

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