O primeiro concerto das comemorações dos 75 anos do Teatro Cine de Gouveia, acontecerá no 11 de novembro, pelas 21h30, com a banda Lisboeta Capitão Fausto, num concerto gratuito que apresentará o álbum “Capitão Fausto Têm os Dias Contados”.
Durante o fim de semana, as sessões de cinema com os filmes “A Febre das Tulipas” e “Lego Ninjago: O Filme”, serão gratuitas.
JÁ PASSARAM 75 ANOS DESDE A SUA INAUGURAÇÃO
O Teatro Cine de Gouveia foi inaugurado a 13 de novembro de 1942. De grande imponência para a época, era constituído pelas diversas secções. A “Cabine Cinematográfica”, que ficava completamente isolada, tinha a moderna aparelhagem, marca “Zeiss Ikon”. Junto à cabine dos dois lados, ficavam os lugares da Geral, para 120 pessoas. Seguiam-se os balcões com 200 lugares e depois os 11 camarotes. A plateia tinha 230 cadeiras e 198 poltronas. Depois havia o lugar para a orquestra e o grande palco com 9 camarins. Os corredores eram amplos, tendo cada secção de bilhetes o seu “Foyer” em separado.
A luz, estudada com competência, era indireta e difusa. As cadeiras e “fauteulis” eram ricamente forradas a cor-de-rosa, o que dava um elegantíssimo aspeto ao salão. Não faltou o aquecimento central e o serviço contra incêndios. A pintura interior era toda em rosa vermelho e as passadeiras em vermelho rubro. As festividades da inauguração começaram no Salão Nobre da Câmara Municipal, através de uma sessão de boas vindas ao Chefe do Distrito.
Em homenagem à Companhia Teatral “Companhia Amélia Rey Colaço Robles Monteiro”, que veio inaugurar esta casa de espetáculos, foi descerrada uma lápide. A companhia abriu depois uma série de três espetáculos com a peça do consagrado dramaturgo Ramada Curto “O Caso do Dia”. Na segunda récita subiu à cena “Sua Alteza”, também de Ramada Curto. João Villaret mereceu as honras da noite. Depois subiu à cena “Romances” – um prólogo, três atos e um epílogo, de Edward Sceldon, tradução de Jorge Leisley.
“Páginas Imortais” foi o primeiro filme projetado neste grandioso espaço cultural.
O Teatro Cine de Gouveia, modelo gémeo do Cine-Arte, em Lisboa, foi considerado uma das melhores casas de espetáculos do país.