Candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura abre sede no centro histórico

Pedro Gadanho adiantou que se seguem outras iniciativas, incluindo a realização de uma conferência sobre “Estados de Emergência”, que terá lugar no próximo outono ou no início de 2021.

A candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027 iniciou ontem uma nova fase de presença e de visibilidade na região, com a apresentação da sua sede, localizada no centro histórico da cidade.

A sede da candidatura ocupa um imóvel municipal que está localizado no Paço do Biu, na parte antiga da cidade mais alta do país, onde coexistirão os locais de trabalho da equipa e funcionará um espaço dedicado a pequenas exposições e a eventos pontuais dedicados ao público.

Segundo o presidente da autarquia da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, o espaço vem dar nova dinâmica à candidatura que tem o arquiteto Pedro Gadanho como diretor executivo, porque passa a dispor de “um espaço próprio para receber pessoas e interagir com os diversos agentes de desenvolvimento e, principalmente, com os órgãos da candidatura”.

“Temos um espaço de portas abertas, que vai ser produtor de conhecimento, de ciência, de cultura, mas, principalmente, de pensamento estratégico para a afirmação desta candidatura”, afirmou.

Pedro Gadanho disse aos jornalistas que a sede, que passou a funcionar após um período de confinamento causado pela pandemia da covid-19, dá à equipa que lidera “um local de trabalho estável”, a partir do qual poderá desenvolver contactos com os agentes da região e, logo que as condições o permitam, também com o público.

O espaço físico da candidatura “Guarda 2027” permite também “um novo arranque para o trabalho”, depois do interregno causado pela pandemia, indicando que já na quinta-feira iniciará, no Fundão, um périplo pelos 17 municípios envolvidos no processo, que inclui contactos com a Câmara Municipal e com atores culturais locais.

Pedro Gadanho adiantou que se seguem outras iniciativas, incluindo a realização de uma conferência sobre “Estados de Emergência”, que terá lugar no próximo outono ou no início de 2021.

O responsável reafirmou também hoje que a equipa que lidera pretende “fazer um dossier sólido de candidatura” para que a Guarda possa sair vencedora.

O vice-presidente da autarquia da Guarda e responsável pelo pelouro da Cultura, Vitor Amaral, também presente na sessão de hoje, referiu que a abertura da sede constitui “um momento importante” para a candidatura da cidade mais alta do país a Capital Europeia da Cultura em 2027.

Vítor Amaral sublinhou ainda que foi estabelecida uma parceria de mobilidade com uma empresa local, materializada no empréstimo de uma viatura 100% elétrica para “o trabalho de itinerância da equipa executiva” da candidatura.

A candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura 2027 tem como diretor executivo o arquiteto Pedro Gadanho, ex-diretor do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, e curador do departamento de arquitetura e ‘design’ do Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque.

O Conselho Estratégico é liderado por Urbano Sidoncha, professor na Universidade da Beira Interior, e a Comissão de Honra pela antiga ministra Teresa Gouveia.

O Conselho Geral, presidido pelo presidente do município da Guarda, integra os presidentes de 17 autarquias da região (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal, Trancoso, Belmonte, Covilhã, Fundão, Aguiar da Beira e Vila Nova de Foz Côa).


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