“Agradecendo todas as doações já efetuadas, solicitamos que não entreguem/enviem mais vestuário, pois o existente é suficiente para dar resposta às necessidades identificadas”, lê-se numa nota publicada na página oficial da autarquia de Seia na rede social ‘Facebook’.
Segundo a fonte, o município continua a aceitar outros bens não alimentares, em especial produtos de limpeza, bem como atoalhados, lençóis, cobertores, loiças, talheres e demais utensílios de cozinha, mobiliário, eletrodomésticos e colchões, que poderão ser entregues nos postos de recolha que são disponibilizados.
A autarquia indica que os locais de recolha de bens não alimentares funcionam no Espaço Elo Comum (Avenida 1.º de Maio), onde são rececionados produtos de higiene, atoalhados, lençóis, cobertores, pequenos eletrodomésticos, loiças, talheres e demais utensílios de cozinha, e no Estádio Municipal, onde podem ser entregues artigos de mobiliário, eletrodomésticos e colchões.
As Câmaras de Tondela, Arganil, Pampilhosa da Serra, Oliveira do Hospital e Mangualde também já tinham feito pedido semelhante.
Numa outra nota, a autarquia de Seia, presidida por Carlos Filipe Camelo, refere que a Câmara Municipal “assume o previsível acréscimo dos consumos de água da rede pública, usada no combate ao fogo e nas operações de limpeza que ainda decorrem”.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.