Câmara da Guarda considera que redução de portagens “não responde às necessidades da região”

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro (PSD), considerou hoje que a anunciada redução de portagens nas autoestradas “não responde às necessidades da região”.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, anunciou na quarta-feira descontos nas portagens de sete autoestradas a partir do terceiro trimestre do ano para os “utilizadores frequentes”, incluindo as duas que servem a região da Guarda (A23 – Guarda/Torres Novas e A25 – Aveiro/Vilar Formoso).

Hoje, no período de Antes da Ordem do Dia da Assembleia Municipal da Guarda, presidida por Cidália Valbom (PSD), onde o assunto foi abordado, o presidente da autarquia disse que o anúncio feito pelo Governo corresponde a uma “proposta redutora”.

No entendimento de Carlos Chaves Monteiro, a medida “não responde às necessidades da região, nem as potencia”.

“E, nesse sentido, acho que há que fazer mais para valorizar as populações deste Interior que saem altamente prejudicadas no seu desenvolvimento, desde logo, pelo custo das portagens”, afirmou o autarca social-democrata.

Sobre o assunto também se pronunciou o deputado municipal Henrique Monteiro, do CDS-PP, referindo que os descontos propostos pelo Governo são apenas para quem utiliza muito as autoestradas, pois, “para os outros, está tudo na mesma”.

“Mais uma vez, a montanha pariu um rato e a redução das portagens apenas se destina a um conjunto de cidadãos, muito poucos, como convém, e em nada vai contribuir para o desenvolvimento do Interior do país”, assinalou Henrique Monteiro.

A medida, segundo a ministra Ana Abrunhosa, “vai ser posta em prática no terceiro trimestre deste ano” e reflete-se “num desconto de quantidade para os veículos classe 1 quer classe 2”, como por exemplo, “a partir do oitavo dia até ao 15.º dia haverá um desconto de 20% e a partir do 16.º dia até ao final do mês será um desconto de 40%”.


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