Segundo Álvaro Amaro (PSD/CDS-PP), a proposta foi aprovada por maioria, com a abstenção dos dois vereadores eleitos pelo PS.
O projeto de saneamento financeiro hoje aprovado pelo executivo municipal da Guarda vai servir “para minimizar o problema da dívida financeira” da autarquia, que herdou do anterior executivo socialista uma dívida global de 91 milhões de euros.
“Queremos testar este modelo sem acesso ao Fundo de Apoio Municipal (FAM)”, criado pelo Governo para câmaras em rutura financeira, disse.
Explicou que com o empréstimo, a realizar junto da banca, o executivo que lidera não pretende apenas uma reestruturação da dívida, mas também “injetar tesouraria, particularmente na economia local”.
Álvaro Amaro indicou que irá apresentar a proposta hoje aprovada na próxima reunião da Assembleia Municipal da Guarda, a realizar no dia 30, para que seja remetida ao Tribunal de Contas para obtenção do respetivo visto.
“Eu tenho esperança de que o mercado financeiro responda bem. Vamos testar o mercado e, se assim for, a câmara vai aplicar um conjunto de medidas que porventura não serão tão duras quanto serão se for por acesso a uma lei [o FAM] que vai ser aprovada”, assumiu o autarca.
O vereador do PS, José Igreja, justificou a abstenção dos dois eleitos da oposição “não pelas razões de [o empréstimo] não ser bom, mas pelas razões de o valor não estar justificado”.
“O presidente e a maioria propõem um financiamento da ordem dos 13 milhões de euros e não temos um estudo que nos diga se é melhor oito se 15”, disse o vereador socialista aos jornalistas, no final da reunião de hoje do executivo municipal da Guarda.
