O presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM- BSE) voltou hoje a reivindicar que a redução nas antigas Scut (vias sem custos para o utilizador) tenha em conta as diferenças de riqueza no território.
“Naturalmente que quanto mais cedo melhor, mas a nossa principal preocupação não se prende tanto com o mês que entra em vigor e se é em julho ou em agosto, mas sim com o modelo que vai ser aplicado e que, reitero, esperamos que tenha em conta as grandes assimetrias que existem no território nacional”, afirmou Paulo Fernandes.
O primeiro-ministro, António Costa, admitiu na quarta-feira que as portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador (Scut) poderão baixar ainda este verão, adiantando que vai contactar as forças políticas para um consenso em matéria de descentralização.
Em declarações à Lusa, Paulo Fernandes que é também presidente da Câmara do Fundão, recordou que a CIM – BSE defende que a redução nas vias que servem esta região (A23 e A25) seja no mínimo de 50%, de modo a corresponder ao Produto Interno Bruto (PIB) per capita da região, que é sensivelmente 50% inferior ao dos grandes centros urbanos.
“É importante que essa proporção seja tida em conta e as diferenças sejam ponderadas para que não continuemos a ser a região com as autoestradas mais caras, que é um selo que não queremos e que nem sequer é justo para a nossa população e empresas”, acrescentou.
A CIM-BSE é constituída por 12 municípios do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Meda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e por três do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão). A região é servida diretamente pela A25 (Aveiro/Vilar Formoso) e A23 (Guarda/Torres Novas).
Beiras e Serra da Estrela querem que redução nas portagens respeite assimetrias
O presidente da CIM BSE defende que a redução nas vias que servem esta região (A23 e A25) seja no mínimo de 50%.