Segundo o BE, no mês de março, através da Assembleia da República, foi feita uma pergunta ao Governo, mas “pese embora o Governo ter o prazo de 30 dias para responder aos deputados”, por intermédio do Ministério da Saúde, “ainda não o fez”.
“Esta atitude preocupa-nos, pois constantemente o Governo ultrapassa em muito o prazo de resposta, desrespeitando desta forma os deputados eleitos e o povo, tendo em conta que as questões apresentadas dizem respeito a preocupações dos cidadãos”, refere Marco Loureiro, coordenador distrital do BE na Guarda.
Na ausência de resposta, o responsável anuncia em comunicado que a deputada Helena Pinto voltou a questionar o Ministério da Saúde sobre o assunto.
O BE refere que o Hospital Sousa Martins, que integra a Unidade Local de Saúde da Guarda, “tem apenas quatro ortopedistas no seu quadro, ao qual acresce um outro que presta vinte horas de serviço, uma vez que se encontra aposentado”.
Para o partido, “este número de profissionais é manifestamente insuficiente para assegurar as necessidades de uma unidade hospitalar com urgência geral de nível médico-cirúrgico”.
“Consequentemente, no passado dia 9 de março, verificou-se mesmo rutura na assistência, tendo sido necessário encaminhar os utentes para o hospital de São Teotónio, em Viseu, a mais de setenta quilómetros de distância”, denuncia.
O BE considera que a situação “carece de intervenção urgente” sendo “necessário contratar os profissionais em falta para o hospital da Guarda, não só em ortopedia mas também noutras áreas onde a carência é manifesta, como seja cardiologia, radiologia, anestesia ou cirurgia”.
No requerimento, o BE pergunta ao Governo se tem conhecimento da situação exposta e, tendo em conta a população servida pelo hospital da Guarda, bem como o tipo e o nível de urgências que detém, qual deveria ser o quadro de ortopedistas daquela unidade de saúde.
Pergunta também “qual deveria ser o quadro de médicos cardiologistas, radiologistas, anestesistas e cirurgiões” da unidade hospitalar e “qual é atualmente o quadro de médicos para cada uma destas especialidades?”.
No mesmo requerimento, o BE interroga se há falta de médicos em outras especialidades e que medidas estão a ser implementadas para permitir a contratação dos médicos necessários ao normal funcionamento do hospital da cidade.