Segundo uma nota da Câmara Municipal da Guarda, o galardão vai ser entregue no decorrer de uma cerimónia a realizar pelas 17h30, no dia 7 de setembro, na Sala Tempo e Poesia da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.
A sessão contará com a presença do galardoado, do ensaísta Eduardo Lourenço (diretor honorífico do Centro de Estudos Ibéricos) e dos membros da direção do Centro de Estudos Ibéricos (presidente da Câmara Municipal da Guarda, reitores da Universidade de Coimbra e de Salamanca e do presidente do Instituto Politécnico da Guarda), adianta.
O elogio ao premiado estará a cargo Jordi Cerdà, professor catedrático da Universidade de Barcelona (Espanha), segundo a mesma fonte.
Instituído em 2004 pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), com sede na Guarda, o prémio, no valor de 7.500 euros, destina-se a galardoar personalidades ou instituições com “intervenção relevante no âmbito da cultura, cidadania e cooperação ibéricas”.
Na edição de 2018, o júri “reconheceu o mérito de Basilio Losada como filólogo e investigador da língua e cultura galega e portuguesa, que reúne na sua biografia uma característica que o singulariza no contexto das relações e estudos de natureza ibérica: é natural da Galiza e estudioso da sua cultura e literatura e foi o primeiro catedrático de Filologia Galega e Portuguesa na Universidade de Barcelona, onde desenvolveu a sua vida profissional”.
Pelo seu trabalho como académico e como divulgador das culturas lusófonas em Espanha, recebeu, entre outros galardões, o Prémio Nacional de Traducción, a Creu de Sant Jordi (a maior condecoração da Generalitat da Catalunha), a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal), a Ordem do Cruzeiro do Sul (Brasil) e a Medalla Castelao (Xunta de Galicia), lembra a nota.
“O seu trabalho continua a ser uma referência para várias gerações de iberistas em todos os territórios culturais que abarcam a sua obra gigantesca: Espanha, Galiza, Catalunha, Portugal e Brasil. Ainda hoje, octogenário, Basilio Losada continua a publicar e a traduzir autores lusófonos”, remata.
O galardão, com o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e diretor honorífico do CEI, já distinguiu várias personalidades de relevo de Portugal e de Espanha.
Nas edições anteriores receberam o Prémio Eduardo Lourenço a professora catedrática Maria Helena da Rocha Pereira, o jornalista Agustín Remesal, a pianista Maria João Pires, o poeta Ángel Campos Pámpano, o professor catedrático de direito penal Jorge Figueiredo Dias, os escritores César António Molina, Mia Couto, Agustina Bessa-Luís e Luís Sepúlveda, o jornalista e escritor Fernando Paulouro das Neves, o teólogo José María Martín Patino e os professores e investigadores Jerónimo Pizarro e Antonio Sáez Delgado.