Autárquicas: Miguel Lourenço (Chega) quer “fazer do Sabugal um concelho atual e para todos”

Miguel Lourenço, de 31 anos, candidato do Chega à Câmara Municipal do Sabugal, no distrito da Guarda, disse hoje à agência Lusa que pretende “fazer do Sabugal um concelho atual e para todos”.

O técnico de contabilidade e ex-empresário do ramo da restauração e bebidas é candidato pela primeira vez pelo Chega à liderança do município do Sabugal, situado junto da fronteira com Espanha.

“O Sabugal é um bastião da portugalidade, em tradições, em gastronomia, no seu castelo e nos valores das pessoas. O Chega defende tudo o que representa o Sabugal, o mundo rural, as famílias ou o pequeno comércio ou as condições dos mais idosos. Estes fatores foram decisivos para não deixar as pessoas sem resposta”, referiu Miguel Lourenço para justificar a candidatura.

Segundo o candidato, o seu objetivo “é fazer do Sabugal um concelho atual e para todos” e “dar condições às jovens famílias para se fixarem através de incentivos, ajudar os produtores da região a colocar produto [no mercado], valorizar o turismo local, proporcionar um bom relacionamento com as empresas da região e atrair mais e libertar as pessoas do Estado para que elas sejam donas de si próprias e não estejam sempre à espera de uma burocracia ou de uma decisão de alguém da Câmara”.

O cabeça de lista do Chega à liderança da autarquia do Sabugal acrescenta que, “politicamente, o objetivo é ser decisivo nos órgãos da Câmara para poder orientar políticas e defender todos os cidadãos e não sempre os mesmos”.

“As nossas apostas vão na linha do que é o partido a nível nacional. A defesa do mundo rural, as pequenas e médias empresas, as famílias e os jovens, os professores, as forças de segurança ou a saúde dos mais idosos. Depois, há linhas mais específicas do nosso concelho, como o turismo, as tradições e as vias de comunicação, o Sabugal não apanha internet ou telefone em 100% do território e urge haver esse desenvolvimento para, por exemplo, fixar jovens no concelho”, defende.

Miguel Lourenço nunca esteve ligado a outro partido, tendo sido vice-presidente da concelhia do Chega da Guarda, cargo que abandonou, entretanto, para se dedicar à candidatura no Sabugal e à formação da Comissão Política concelhia.

“O lema da candidatura é que o Chega, mais do que uma opção, é uma necessidade. As pessoas devem acreditar seriamente em nós. Sabemos que é difícil porque o Chega ainda é assunto tabu para alguns, mas acreditamos num movimento de revolução contra este sistema através do voto. Mesmo que na rua digam que votaram PS ou PSD, confiamos que, no segredo do voto, os sabugalenses nos vão escolher”, rematou.

O município do Sabugal é liderado, desde 2009, pelo social-democrata António Robalo, que não pode recandidatar-se por ter atingido o limite de três mandatos seguidos.

O atual executivo municipal é composto por quatro eleitos do PSD e três do PS.

Além de Miguel Lourenço, são candidatos o atual vice-presidente da Câmara Vítor Proença (PSD), Victor Cavaleiro (PS), Romeu Bispo (CDS-PP) e José Manuel de Aguiar (CDU).

As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.


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