Figueira de Castelo Rodrigo vai ter observatório de astronomia a funcionar no verão

Um observatório de astronomia deverá abrir as portas em julho na aldeia de Barca d´Alva, junto ao rio Douro, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, disse à agência Lusa o presidente da autarquia.

Segundo Paulo Langrouva, o equipamento vai ocupar o antigo edifício do Centro Náutico de Barca d´Alva, que vai ser readaptado às novas funções, num investimento global da ordem dos 250 mil euros, candidatado ao programa Portugal 2020.

O presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo disse este sábado à Lusa que, em fevereiro, um cientista da Universidade de Leiden, na Holanda, irá começar a “desenvolver toda a parte de conteúdos” do observatório de astronomia, a que se junta, em abril, um segundo elemento.

A comissão internacional que está a trabalhar no projeto é liderada pelo astrofísico Pedro Russo, natural de Figueira de Castelo Rodrigo, investigador mundial na área da astrofísica, que também está ligado à Universidade de Leiden, indicou.

“Eu estou convencido que, o mais tardar em julho, estaremos em condições de fazer a abertura oficial ao público deste projeto que será um projeto estruturante, de certeza absoluta, na economia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo e até do distrito da Guarda”, disse o autarca.

Segundo o responsável, o observatório de astronomia que vai ser instalado na aldeia de Barca d’Alva, localidade pertencente à freguesia de Escalhão, que dista cerca de 20 quilómetros da sede concelhia, é de grande importância em termos educativos, culturais e científicos.

“Porque isto [o observatório] será um projeto dinâmico, em que haverá a intervenção e a interação com os Agrupamentos de Escolas, possibilitando aos nossos jovens terem a possibilidade de contactar com várias áreas da ciência, desde as Biologias, desde a Astronomia, desde a parte da Ecologia, desde a parte, eventualmente, até das Químicas e das Informáticas”, justificou.

Disse que os alunos terão “a possibilidade de interagir, de desenvolver determinadas experiências” e de perceberem a aplicação prática da ciência “à vida diária”.

“E eu penso que isto vai trazer uma dinâmica diferente e uma [nova] forma de encarar a ciência”, referiu o autarca, acreditando que o projeto “traga uma maior apetência [dos jovens] para a área das ciências”.

Paulo Langrouva considera “importante” mostrar aos jovens “que existe uma aplicabilidade prática daqueles conceitos que eles vão adquirindo nas escolas, e que, por vezes, têm a noção de que aquilo não serve para nada”.

“E é isto que se preconiza, é nisto que estamos a trabalhar”, concluiu o autarca de Figueira de Castelo Rodrigo, município do distrito da Guarda que está localizado junto da fronteira com Espanha.


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