Associação EcoFungos alerta para perigos da ingestão de cogumelos sem o correcto despiste

Saúde…Associação de estudo de cogumelos EcoFungos alertou ontem para o perigo da ingestão de cogumelos silvestres sem despistes adequados e aconselha a população a rejeitar comer cogumelos “por mais pequena que seja a dúvida” sobre a sua toxicidade. Um cidadão tailandês morreu, outro necessitou de um transplante de fígado e outros dois estão ainda internados […]

Saúde…Associação de estudo de cogumelos EcoFungos alertou ontem para o perigo da ingestão de cogumelos silvestres sem despistes adequados e aconselha a população a rejeitar comer cogumelos “por mais pequena que seja a dúvida” sobre a sua toxicidade.

Um cidadão tailandês morreu, outro necessitou de um transplante de fígado e outros dois estão ainda internados nos cuidados intensivos de dois hospitais do país após a ingestão de cogumelos venenosos na semana passada.

Também quatro pessoas de uma família de Bragança foram internadas esta semana com gastroenterites pelo mesmo motivo.

Num comunicado enviado às redacções, a Ecofungos assume-se “preocupada com os casos relatados referentes ao consumo de cogumelos tóxicos e consequentes mortes” e alerta que “o consumo de cogumelos silvestres pode provocar a morte, ou consequências futuras de insuficiência renal ou hepática. Pode provocar gastroenterites graves e desidratações igualmente graves”.

A associação sem fins lucrativos sublinha que “o consumo de cogumelos silvestres deve sempre ser efectuado após o despiste das espécies que são colhidas”.

Para a associação de estudo de cogumelos, o despiste “deve ser efectuado em diversos momentos: na colheita na floresta, em casa antes de iniciar a preparação dos fungos e antes de os colocar na panela”.

A Ecofungos sublinha que “só devem ser consumidos cogumelos silvestres que não criem a mínima dúvida sobre a sua comestibilidade” e que caso exista “uma dúvida, por mais pequena que seja, os cogumelos devem ser rejeitados imediatamente”.

No entanto, a associação recusa “mesinhas caseiras” e truques que testem a comestibilidade dos cogumelos: “A utilização de um alho ou de uma peça de prata na cozedura dos cogumelos para despistar a sua toxicidade são erradas e levam a conclusões erradas sobre a espécie que está a ser cozinhada”.

“A única forma de saber se um cogumelo é ou não comestível faz-se após cuidada análise e correcta identificação do mesmo. Assim deverão ser observadas todas as características da espécie recolhida, e novamente, recomenda-se que sejam observadas todas individualmente”, sublinha a EcoFungos.

A associação indica que “deve observar-se o chapéu (cor, forma), a parte inferior do mesmo, o pé e a base do pé (se tem ou não volva (tipo de saco que envolve a base do pé e que pode ser destruído pelo método de apanha)”.

A EcoFungos alerta que um dos fungos que tem conduzido aos casos grave de intoxicações é a espécie Amanita phalloides e que tem três características fundamentais que a distingue de outras espécies comestíveis: “As lâminas são brancas, o pé tem anel e a base do pé tem uma volva branca (saco que envolve o pé)”.

A Ecofungos enumera ainda como sintomas relacionados com o consumo de cogumelos venenosos os vómitos, náuseas, diarreia e mau estar corporal e apela à população para contactar o Centro de Informação Anti-Venenos, em caso de dúvidas.


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