Assembleia Municipal da Guarda aprova contas do município de 2020

A Assembleia Municipal (AM) da Guarda aprovou esta quinta-feira, por maioria, as contas da Câmara do ano de 2020, que segundo o seu presidente, Carlos Chaves Monteiro (PSD), indicam que “o município está em boa saúde financeira”.

O autarca referiu na apresentação do documento, que foi aprovado com 42 votos a favor, nove contra e uma abstenção, que a dívida total da autarquia da Guarda era, à data de 31 de dezembro de 2020, no valor de 17,3 milhões de euros.

Segundo Carlos Chaves Monteiro, o valor da receita cobrada “é superior à despesa corrente total paga, acrescida das amortizações”, o que significa que o equilíbrio orçamental “está cumprido”.

Acrescentou que “a receita cobrada média líquida é de 36 milhões e a dívida é de 17,3 milhões de euros”.

“A dívida não é superior à receita, logo, estamos, também a cumprir a regra do equilíbrio financeiro e concretamente do endividamento. Em 2013 tínhamos 64 milhões [de euros] de dívida, [e] a 31 de dezembro de 2020, a dívida é de 17,3 milhões de euros”, especificou.

O autarca informou, ainda, os elementos da AM que o prazo médio de pagamentos foi no ano passado de 40 dias.

Também disse que o município tem dois milhões de euros de fundos disponíveis e a situação financeira é “positiva”.

“Tal como os revisores de contas referem e os documentos transmitem, o município está em boa saúde financeira. Globalmente, temos uma situação económica financeira equilibrada e segura”, assumiu.

Carlos Chaves Monteiro também explicou que as contas autárquicas de 2020 foram marcadas pelo combate à pandemia, indicando que o município teve 553 mil euros de despesa com o combate direto à covid-19 e não arrecadou 472 mil euros de receitas pelo apoio dado à economia local.

Durante a discussão do assunto, António Monteirinho, do PS, referiu que as contas “estão em derrapagem acentuada” e vaticina que em 2021 “ainda serão piores”.

Na opinião do socialista as contas de 2020 apresentam “zero por cento de execução” e “100 por cento de propaganda” em situações como a despoluição do rio Diz, construção do Centro de Exposições Transfronteiriço e Centro de valorização de Produtos Endógenos, entre outras.

O deputado, que referiu que o PS votava contra, disse que a governação do PSD na Câmara da Guarda “é como a perdiz, ou está no chão ou voa rente”.

Ricardo Neves de Sousa, do PSD, afirmou que as contas do município “nunca estiveram tão certas e equilibradas como estão neste momento”.

Disse que apesar da pandemia, em 2020, o executivo “não deixou de cumprir com as suas obrigações e conseguiu dar reposta aos percalços decorrentes da pandemia da covid-19 com apoios da ordem de um milhão de euros”.

Referiu que o PSD votava a favor de um documento que “está bem feito, que os próprios revisores oficiais de contas aprovaram”.

José Carlos Lopes, do CDS-PP, disse que a bancada votava favoravelmente porque com o PSD a gerir a autarquia, desde 2013, a situação financeira alterou-se e “é muito melhor o que se passa agora do que no passado, porque antigamente era uma asfixia financeira”.

“Corria na Guarda que a Câmara Municipal não conseguia [comprar] um prego numa drogaria” e a situação alterou-se, disse.

Aires Dinis, da CDU, considerou “excelente” a apresentação do documento, mas votou contra e Bruno Andrade, do BE, absteve-se na votação.


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