Apenas 10% dos angolanos têm acesso à Internet

Cerca de 10% da população de Angola tem acesso à Internet, menos do que a média da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Cerca de 10% da população de Angola tem acesso à Internet, menos do que a média da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que é de 12%, noticia a agência […]

Cerca de 10% da população de Angola tem acesso à Internet, menos do que a média da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Cerca de 10% da população de Angola tem acesso à Internet, menos do que a média da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que é de 12%, noticia a agência Angop, a propósito de um Fórum que decorreu em Luanda. Os dados relativos a Angola são da União Nacional das Telecomunicações e foram divulgados pelo porta-voz do 2.º Fórum para Governação da Internet da África Austral, João Leão, citado pela agência angolana Angop. Segundo o responsável, o número de utilizadores em todo o continente africano representa 6% da população, enquanto em Angola ronda os 10%. «Os meios mais usados pelos angolanos para acederem à Internet ainda são os computadores e os telefones celulares», explicou, defendendo que é necessário promover os acessos, a conectividade e a capacitação das pessoas para utilizarem cada vez mais as novas tecnologias, além de reduzir custos de equipamentos e serviços. O representante de Moçambique no mesmo Fórum, Adilson Gomes, afirmou por seu lado que apenas 12% da população da região da SADC tem acesso à Internet, o que considerou «muito pouco». Para o responsável, aumentar o acesso à Internet na região «é o caminho [para] atingir o sucesso económico, político e social projetado». Na sua opinião, a região tem de encontrar formas de acesso mais baratas e outras soluções para massificar os serviços e diminuir os preços. Acrescentou que a outra questão que influencia nos preços da Internet é o facto de não haver conteúdos locais. Nas conclusões do mesmo fórum, que decorreu entre terça e quarta-feira em Luanda, os Estados-membros da SADC apontaram a necessidade de aumentar as capacidades dos cidadãos na área das Tecnologias de Informação e Comunicação. Garantir a segurança dos utilizadores da Internet e promover a cooperação dos Estados-membros da SADC no combate ao cibercrime são outras recomendações do Fórum. Na sua intervenção no encerramento do evento, o secretário de Estado angolano para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Aristides Safeca, defendeu que a oferta de serviços na Internet, a segurança no espaço cibernético e a consulta e manuseamento de dados são os grandes desafios da governação eletrónica na região da SADC. Já Adilson Gomes afirmou que os africanos estão cada vez mais consciencializados sobre a necessidade de uso das tecnologias de informação e insistiu que o desenvolvimento dos povos africanos está dependente em parte da evolução das tecnologias de informação. «Se quisermos ser competitivos e melhorar a vida dos nossos povos devemos assegurar que haja tecnologias de qualidade em todo o lugar e para todos», referiu. A reunião, que decorreu sob o tema “Governação da Internet como Base de Sustentação para a Integração Regional da SADC”, abordou temas como “Princípios da governação da Internet e reforço da cooperação”, “Acesso e diversidade”, “Governação da Internet pelo desenvolvimento”. Participaram no encontro peritos ligados às telecomunicações de Angola, Moçambique, Tanzânia, República Democrática do Congo, Malawi, Zimbabwe, Suazilândia, Namíbia, Maurícias, Zâmbia e do Lesoto.

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