António Baptista Ribeiro considera que Vale do Côa tem potencialidades para ser “região de marca”

O presidente da Câmara de Almeida e da Associação de Desenvolvimento Regional Territórios do Côa considerou hoje que o território do Vale do Côa tem potencialidades para se afirmar como “região de marca” no plano turístico nacional.

António Baptista Ribeiro, que falava na sessão de abertura do evento “Cimeira da Identidade dos Territórios do Interior”, que decorre hoje em Vilar Formoso (Almeida), referiu que aquela zona tem muitas especificidades para se afirmar no setor do turismo. O autarca assinalou a existência de um importante património cultural material (com destaque para o Parque Arqueológico do Vale do Côa e para as aldeias históricas), imaterial (capeia arraiana, no Sabugal), natural e gastronómico. “Hoje, temos todos estes ingredientes para fazermos da nossa região uma região de marca. O Côa tem direito a essa identidade. Pelo trabalho que já fizemos, é o momento de transformarmos esta região numa marca forte, ainda mais conhecida do que é”, disse. António Baptista Ribeiro assumiu que a região do Vale do Côa “quer ser uma marca no interior” do país, existindo potencialidades para “potenciar e divulgar”. Lembrou que “até há pouco tempo, os territórios do interior eram desconhecidos”, mas, “fruto de grandes iniciativas como o lançamento do Programa das Aldeias Históricas, a elevação das gravuras do Côa e do Douro Vinhateiro a património da UNESCO”, passaram a ter visibilidade nacional e internacional. Durante a abordagem do tema “Os territórios do interior – um potencial para afirmar”, Fernando Real, presidente da Fundação Côa Parque, que gere o Parque Arqueológico e o Museu do Côa, disse que a região tem “ativos com valor”. Apontou a existência de “património invulgar”, “paisagem cultural” e “património arqueológico de exceção”, entre outras mais-valias de uma zona que tem “tudo o que é de bom” para se afirmar turisticamente. “O truque do sucesso passa pela aposta no conhecimento e no saber fazer bem”, disse Fernando Real, assumindo que a valorização do património do Vale do Côa também depende de “organização” e de “trabalho em rede” entre as várias entidades. “Temos dois Patrimónios Mundiais na região e, hoje em dia, o conceito de Património Mundial vende no mundo global que é cada vez mais procurado pelas sociedades urbanas”, alertou. Sofia Ferreira, da entidade regional do Turismo Porto e Norte de Portugal, que também fez uma intervenção, lembrou que o turismo “é um dos setores económicos mais emocionantes” da atualidade. Potenciar a oferta e a promoção turística de forma integrada é um dos desafios que se colocam ao setor, disse a responsável, que reconhece o turismo como uma área que pode contribuir para “ultrapassar os enormes constrangimentos” do interior do país. A Cimeira da Identidade dos Territórios do Interior conta com a participação de cerca de 100 participantes, entre autarcas, operadores turísticos, empresários e dirigentes associativos de dez municípios da região do Vale do Côa.


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