Visitantes do Museu do Côa aumentaram nos primeiros cinco meses do ano

O presidente da Fundação Côa Parque, Fernando Real, anunciou hoje que o Museu do Côa (MC) aumentou o número de visitantes nos primeiros cinco meses de 2014, relativamente a igual período do ano anterior.

“Verifica-se que há um acréscimo de visitantes que anda na casa dos 13,85%, cerca de 14%, nos cinco primeiros meses, mas esse aumento é essencialmente de visitantes estrangeiros, mais do que nacionais”, disse hoje o responsável à agência Lusa. Fernando Real, que falava em Vilar Formoso (Almeida), à margem da “Cimeira da Identidade dos Territórios do Interior”, organizada pela associação Territórios do Côa, indicou que o número de visitantes nacionais reduziu devido à crise económica que afeta o país. O responsável observou que Vila Nova de Foz Côa, onde se localizam o MC e o Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC), estão “longe do litoral e dos centros” e isso tem “custos acrescidos, na visita das pessoas que vêm do litoral, daí a população nacional ter reduzido ligeiramente”. O responsável considera o aumento de visitantes em 2014 como sendo um elemento “francamente positivo” porque “se traduz, também, num correspondente aumento de receita de bilheteiras e, portanto, isso é fundamental para que este projeto seja progressivamente sustentável”. Fernando Real indicou que a média anual de visitantes ao MC é de 30 mil, mas nos primeiros cinco meses de 2014 passaram pelo espaço “cerca de 13.800”. Abril foi “um mês excelente de visitantes” e todos os outros “meses têm tido um ligeiro acréscimo ligeiramente ao ano anterior”, indicou. O responsável pela fundação que gere o museu e o PAVC prevê que o pico de visitas possa acontecer em agosto, quando os emigrantes se deslocam à região e têm o MC como “um local de referência e de passagem quase obrigatória”. Segundo Fernando Real, o aumento do número de visitantes verificado nos primeiros cinco meses deste ano fica a dever-se à “constante articulação com agentes do turismo organizado, operadores turísticos, que descobrem esta mais-valia e têm canalizado grupos de visitantes” para a região. O MC abriu as portas no início de agosto de 2010, 15 anos depois da polémica que suspendeu a construção da barragem devido aos protestos de ambientalistas e de especialistas em arte rupestre, e custou cerca de 17 milhões de euros.


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