“Para assinalar esta data optámos por privilegiar o património industrial, que continua a ser uma das principais referências da Covilhã, pelo que as atividades serão localizadas em duas antigas fábricas, designadamente o espaço que agora acolhe a New Hand Lab e o edifício da antiga fábrica Nova Penteação”, referiu, em conferência de imprensa, Carlos Madaleno, da organização.
Este responsável adiantou que a escolha daqueles edifícios se prende, no primeiro caso, com “o bom exemplo daquilo que se pode fazer no futuro em termos de proteção do património”, já que a fábrica deu lugar a um espaço que acolhe vários criadores e artistas do concelho.
“Em relação à antiga fábrica Nova Penteação estaremos a assinalar os 80 anos da data em que o projeto para a construção daquele edifício deu entrada na autarquia”, apontou.
No programa, concebido numa parceria entre a Câmara Municipal da Covilhã, o Clube do Professor e o espaço criativo New Hand Lab, estão previstas a realização de exposições, projeções multimédia, atividades de animação cultural com grupos do concelho, bem como a realização de uma caminhada, na qual poderão ser descobertos os “vários vestígios e património herdado da indústria têxtil” na cidade do distrito de Castelo Branco.
Será ainda levado a cabo o lançamento de um catálogo/roteiro alusivo ao património industrial da Ribeira Carpinteira, que apresenta os principais dados identificativos e históricos do respetivo património.
Segundo Carlos Madaleno, o levantamento para a elaboração do catálogo permitiu concluir que existem 60 edifícios fabris ao longo das margens daquela ribeira e que apenas dois estão ocupados: um transformado no já referido espaço criativo e outro ainda a laborar no setor dos lanifícios.
De resto, as atividades comemorativas deste dia internacional também vão integrar a realização do II Encontro de Investigadores e Escritores do Concelho da Covilhã, que terá como tema o “Património Cultural Imaterial”.
“Queremos colocar em debate a questão do património cultural, material e imaterial, identificar responsabilidade e contribuir para perceber o que terá a Covilhã de fazer no futuro, tendo como base este património que também faz a cultura de um povo”, esclareceu José Luís Adriano, do Cube do Professor.