Quercus e CTT pedem ajuda para projeto de reflorestação que já plantou 7 mil árvores na Serra da Estrela

O projeto de reflorestação promovido pela Quercus e pelos CTT, que já instalou 7.000 árvores na Serra da Estrela, volta a pedir a participação dos portugueses para plantar espécies autótones em zonas afetadas por incêndios.

Chamada “Uma árvore pela floresta“, a iniciativa pretende recuperar matas nacionais com as suas espécies características, como teixos, que está em extinção, carvalho ou vidoeiro, a partir da contribuição dada pela compra de uma árvore simbólica por três euros, nos 320 balcões dos CTT que participam.

A soma conseguida pela campanha, que decorre até 30 de novembro, será utilizada para limpar e plantar árvores na primavera do próximo ano, na Serra da Estrela e num outro local do país que ainda não está escolhido, como avançou à agência Lusa o presidente da Quercus.

João Branco explicou que as sementes a plantar são recolhidas em matas naturais de Portugal de modo a preservar o valor genético, num esforço de conservação da biodiversidade.

“No início da primavera de 2017, serão plantadas mais árvores, de espécies autótones, na Serra da Estrela e num local que ainda iremos escolher”, com base nos resultados da campanha que agora se inicia, disse ainda o presidente da Quercus.

As 7.000 árvores conseguidas na campanha de 2015, entre teixos, vidoeiro ou carvalho, foram plantadas na Serra da Estrela, numa zona de Manteigas que tinha ardido há alguns anos atrás.

A área da intervenção de limpeza e plantação, realizada pelos sapadores florestais, situa-se, segundo João Branco, “bastante perto da zona atingida pelos incêndios do último fim de semana de julho”, ocorridos no vale glaciar de Manteigas e na freguesia do Sameiro.

O ambientalista defendeu que o Parque Natural da Serra da Estrela “precisa de muita intervenção, é uma zona muito importante, com os últimos bosquetes [pequenos bosques] de teixo, um habitat prioritário a nível europeu”.

A intervenção planeada visa proteger a natureza e evitar os incêndios, “apostando em espécies de baixa combustibilidade, ou seja, que ardem mais dificilmente”.

Além de terem maior resistência à propagação de incêndios, estes bosques autótones “são melhores para amenizar o clima, promover a biodiversidade e proteger a paisagem, a água e os solos”, refere uma informação hoje divulgada pelos CTT.

Os balcões dos CTT vendem um ‘kit’ composto por uma árvore em cartão reciclado e um código que permite registar a planta, identificar a espécie e o local de plantação, e consultar a evolução do respetivo bosque durante cinco anos.

O projeto já chegou a quase cinco milhões de portugueses que foram alertados para a importância da biodiversidade e de evitar os incêndios florestais, acrescentam os CTT.

A empresa realça que esta iniciativa integra o seu esforço de apoio à biodiversidade e luta contra as alterações climáticas que permitiu a redução para metade da sua pegada ecológica desde 2008.

 


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