Álvaro Amaro lamenta não ter sido ouvido pelo Governo na estratégia nacional para o lítio

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro (PSD), lamentou esta segunda-feira não ter sido ouvido pelo Governo na estratégia nacional para o lítio, por ser conhecido o “potencial” desta fileira no seu concelho.

O autarca emitiu na passada segunda-feira um comunicado onde manifesta o seu protesto pelo facto de o Governo “ter apresentado em Bruxelas uma Estratégia Nacional para a fileira do lítio sem ter havido nenhum diálogo com o município da Guarda”.

“Numa altura em que é particularmente importante olhar para o interior como um todo, não se compreende que o Governo dialogue apenas com uma parte”, lê-se na nota enviada à agência Lusa.

No comunicado, o autarca considera que “mais grave é ainda o facto de ser público que tal procedimento foi diferente com uma autarquia gerida pelo Partido Socialista”.

“Na verdade, não é admissível haver por parte do Governo dois pesos e duas medidas”, sublinha.

Para o social-democrata Álvaro Amaro, o Plano Estratégico para o setor “devia ter sido assumido como um importante motor de desenvolvimento, mas assumido por todos, independentemente da cor política”.

“Um Plano Estratégico deve ser nacional, deve ser do país e não apenas de quaisquer conveniências políticas”, sublinha.

O município da Guarda adianta ainda na nota que apresentará ao Governo este seu protesto e “exige ser ouvido” em relação a todo o desenvolvimento do referido plano, porque, alega, “está em causa a exploração de um recurso natural muito importante para a Guarda e para toda a região”.

“É por demais conhecido o potencial desta fileira no concelho da Guarda, para além de já terem sido dados pareceres positivos, ainda que não se conheçam as condições para a exploração deste mineral tão importante enquanto tal e também na sua transformação, nomeadamente para o fabrico de baterias”, refere a autarquia.


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