Álvaro Amaro diz que redução nas portagens ficou “muito aquém das expectativas”

O presidente da Câmara Municipal da Guarda disse à agência Lusa que a redução de 15% nas portagens nas duas autoestradas da região – A23 e A25 – é “uma coisa simbólica” e ficou “muito aquém das expectativas”.

“É uma coisa simbólica. É melhor pagar 17 euros de Torres Novas até à Guarda [autoestrada A23] do que 20, mas é pouco mais do que simbólico”, justificou o autarca da Guarda (PSD/CDS-PP).

O Governo anunciou esta quarta-feira a aplicação de 15% de desconto a todos os veículos que circulem, a partir de 01 de agosto, em algumas autoestradas, vias maioritariamente localizadas no interior do país e no Algarve.

O Governo aponta critérios de convergência económica e coesão territorial para justificar os descontos nas portagens nas autoestradas A23 Torres Novas – Guarda, A22 (Lagos – Vila Real de Santo António) e A24, entre Viseu e a fronteira de Vila Verde de Raia, no município de Chaves.

Os descontos estendem-se à autoestrada A4, denominada Transmontana, entre Amarante e Quintanilha (Bragança), mas deixa de fora o troço daquela via entre Matosinhos (Porto) e Amarante. Ainda na A4, no Túnel do Marão, recentemente inaugurado, o preço praticado já abrange os 15% de desconto, esclarece o Governo.

Abrangida é também a A25 entre Albergaria-a-Velha e Vilar Formoso, mas não no troço inicial, que liga Aveiro a Albergaria-a-Velha.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda lembrou à Lusa que nas últimas eleições legislativas os dois principais candidatos a primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho (PSD) e António Costa (PS), “garantiram que iriam reduzir o preço das portagens” nas antigas Scut (vias sem custos para o utilizador), indicando que o primeiro-ministro em exercício “cumpriu” a promessa.

No entanto, assinala que “ninguém deixa de reconhecer que a redução [de 15% nas autoestradas A23 e A25] ficou muito aquém das expectativas”.

“Cumpriu-se, mas é manifestamente pouco”, reforçou, lembrando que, “como diz o povo ‘é melhor do que nada'”.

A decisão anunciada pelo Governo socialista – apontou o autarca social-democrata -, ficou “muito aquém das expectativas e do que a economia esperava”.

Como sempre foi defendido pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, a esperança era “uma redução para metade, atendendo, desde logo, à penalização” de que a região foi alvo “nestes anos”, concluiu Álvaro Amaro.


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