Quarenta crianças de escolas da Guarda, com idades entre 06 e 10 anos, participam num espetáculo multidisciplinar que é apresentado na sexta-feira, em duas sessões, no grande auditório do Teatro Municipal local, foi hoje anunciado.
O espetáculo “Eu Maior” surge no âmbito do projeto artístico e inclusivo “Geração SOMA”, uma iniciativa da Associação Vo’Arte e da CiM – Companhia de Dança, que trabalha com crianças e jovens com e sem necessidades educativas especiais de escolas públicas, “transformando fragilidades em superpoderes do movimento”.
“Este projeto pretende sensibilizar a comunidade escolar e a sociedade em geral sobre a importância da prática artística enquanto meio de integração e de capacitação continuada”, referem os promotores em nota hoje enviada à agência Lusa.
Depois da experiência e estreia em Lisboa, o projeto artístico e inclusivo “Geração SOMA” apresentou o espetáculo “Eu Maior” no Fundão, a 02 de junho, sendo agora apresentado no Teatro Municipal da Guarda, na sexta-feira, em duas sessões (às 15 horas para os alunos das escolas e às 21h30 para o público em geral).
Para além das 40 crianças da Guarda, com idades entre 06 e 10 anos, o elenco inclui dois jovens do Fundão (com 16 anos), seis de Lisboa (que estiveram desde o início do projeto, com idades entre 10 e 13 anos), duas animadoras de ATL da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Alfarazes (Guarda) e quatro bailarinos da CiM.
A criação da CiM tem direção artística de Ana Rita Barata e de Pedro Sena Nunes, dramaturgia de Rosinda Costa, coreografia de Ana Rita Barata e Bruno Rodrigues, música original de Philippe Lenzini e Orquestra Trifonética, cenografia e figurinos de Mafalda Estácio, cocriação e interpretação de Bruno Rodrigues, Cecília Hudec, Joana Gomes e Mara Pacheco.
O projeto “Geração SOMA” – corpo em movimento, corpo inclusivo, corpo a somar – é um projeto artístico inclusivo e social, que integra crianças e os respetivos educadores (professores e pais), através da criação e prática artística, em simultâneo com o trabalho desenvolvido pela CiM.
Segundo os promotores, a atividade “pretende promover a reflexão e práticas para a inclusão pela arte nas crianças em contexto escolar, pela exploração de novas estratégias e abordagens de integração a nível artístico, pedagógico, terapêutico e social, sensibilizando-as e aos seus educadores para a importância da arte como ferramenta no combate à exclusão social e de descoberta de novas aptidões fomentando a autoestima de forma continuada”.
A iniciativa é desenvolvida no âmbito do programa PARTIS – Práticas Artísticas para a Inclusão Social com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian – Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano (2015/2017).
O projeto desenvolvido na Guarda tem o apoio da Câmara Municipal e dos Agrupamentos de Escolas Afonso de Albuquerque e da Sé.