“Está dentro da estratégia que o município tem vindo a implementar em criar eventos que possam servir de âncoras ao turismo, nomeadamente à restauração e à hotelaria”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal de Almeida, António Machado.
O autarca salienta que têm vindo a ser feitos investimentos e alterações ao evento, com a introdução de algumas novidades, para atrair os visitantes habituais, mas também novos públicos nacionais e internacionais, como turistas vizinhos espanhóis.
António Machado acredita que, tendo em conta a afluência de anos anteriores, se as condições climatéricas estiverem de feição, o evento pode atrair cerca de seis mil visitantes.
A Feira Medieval, que decorre no sábado e no domingo, é organizada pela Câmara Municipal de Almeida, em colaboração com a União de Freguesias de Castelo Mendo, Ade, Mesquitela e Monteperobolso e a mordomia da Festa de Nossa Senhora de Fátima.
O autarca sublinha ainda a participação dos alunos do Agrupamento de Escolas de Almeida, considerando ser importante o envolvimento dos mais novos nas tradições do concelho.
No entender de António Machado foi conseguido um programa atrativo, com algumas novidades que estão a suscitar grande expectativa.
“Resulta da vinda de outros projetos para o evento. Temos recriações e teatros que despertam atenção”, refere.
O presidente da Câmara de Almeida dá o exemplo do espetáculo teatral “Infernus – A Fuga dos 4 Ladrões!”, que terá lugar pelas 20:00 de sábado (dia 06) e às 18:00 de domingo (07), no Pelourinho, e do espetáculo musical “No Reino do Fogo” agendado para as 22:00 de sábado.
Destaca ainda o espetáculo teatral “O Leilão das Meretrizes” marcado para as 18:00 de sábado e as 16:00 de domingo e a animação ambulante pelas ruas da aldeia que recria os perseguidos da Peste Negra nos dois dias da Feira.
O programa inclui ainda uma ceia medieval, a realizar na noite de sábado na Igreja de São Vicente, várias oficinas, torneio a cavalo, acampamento militar, demonstração de aves de rapina e animais da quinta, jogos medievais e animação com trovadores e saltimbancos.
O evento inspira-se na feira franca que se realizaria três vezes por ano naquela localidade entre 1229 e 1855, com especial importância na altura da Páscoa onde as festas se prolongavam durante alguns dias.

