Aguiar da Beira: Dois mortos, dois feridos graves, uma caça ao homem

A GNR tem no terreno um grande dispositivo meios e está atento a movimentações estranhas e, especialmente, às zonas da fronteira para evitar que os suspeitos saiam do país.

O major Pedro Gonçalves, do Comando Territorial da GNR da Guarda, fez, ao final da manhã desta terça-feira, um ponto de situação.
Um militar da GNR e um civil morreram e outro militar e outro civil ficaram feridos com gravidade. É este o balanço, feito pelas 12h00, pelo major Pedro Gonçalves aos jornalistas que se encontram no local do crime.
Tudo começou na madrugada de hoje quando, segundo o responsável pelo Comando Territorial da Guarda, dois militares da GNR se cruzaram com dois suspeitos na zona industrial de Aguiar da Beira.
Apesar de as primeiras informações terem dado conta de que os militares haviam sido chamados para um assalto, o major garante que essa “informação não é correta”.
O encontro entre as forças de segurança e os suspeitos, que se crê serem “dois”, foi “inopinado”, tanto que os militares foram baleados, não tendo a “oportunidade de usarem as próprias armas”.
Um dos guardas foi então abandonado no local, enquanto o outro foi colocado na bagageira do carro da GNR que foi roubado pelos suspeitos e abandonado cerca de cinco quilómetros mais à frente.
Os alarmes na sala de situação da GNR soaram quando foi impossível entrar em contacto com os militares, tendo sido então enviada uma patrulha para o local.
A vítima mortal, a que foi levada na bagageira, tinha 29 anos. Já o ferido grave, que está a “lutar pela vida” no Hospital de Viseu, tem 48 anos.
As duas outras vítimas, dois civis, foram encontradas quando as forças de segurança passavam as imediações do local onde foi encontrado o carro da GNR a pente fino.
O casal, com idades a rondar os 40 e 50 anos, apresentava ferimentos de bala. A mulher encontra-se em estado grave e o homem acabou por morrer no local.
O major Pedro Gonçalves disse aos jornalistas que “haverá um grande grau de probabilidade de as duas situações estarem relacionadas”.
Neste momento está montada uma verdadeira caça ao homem. O major referiu que um dos suspeitos está identificado, tratando-se de alguém que “já se encontra referenciado por outras atividades criminosas”, razão pela qual os dois suspeitos são encarados como “perigosos”.
A GNR tem no terreno um grande dispositivo meios e está atento a movimentações estranhas e, especialmente, às zonas da fronteira para evitar que os suspeitos saiam do país.


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