“É necessário, passar das promessas à prática, avançar rapidamente com as obras do Regadio a sul da Gardunha e concluir o regadio da Cova da Beira, nomeadamente levar a água à zona da Gramenesa. A região é afetada por uma seca prolongada, uma das piores secas desde 2000, e as previsões não indicam chuva neste mês de agosto. Em finais de julho, segundo dados oficiais do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, já o país estava com cerca de 80% da sua área em situação de seca severa e extrema”.
Segundo a Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco “escasseia a alimentação animal nas pastagens; aumentam os custos com outros tipos de alimentação animal; a vinha e os pomares (não regados) não se desenvolvem. Como infelizmente temos assistido, a floresta e os matos estão ressequidos, e são vítimas dos inúmeros incêndios florestais. As regas têm que aumentar de frequência, pelo que se gasta mais água e aumentando os custos de produção num contexto agravado pela falta de escoamento e pelos preços baixos à produção alimentar e florestal da agricultura”.
Face à seca, a Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco apoia as exigências da Confederação Nacional da Agricultura e reclama apoios excecionais do Governo, “tal como, em 2012, em idêntica situação de seca, o Governo deve aplicar várias medidas designadamente, apoios financeiros a fundo perdido; mais rápida antecipação e flexibilização das Ajudas da PAC e das Ajudas que exigem comparticipação do Orçamento de Estado Nacional; isenção temporária da taxa de recursos hídricos; ajuda à eletricidade verde; isenção temporária do pagamento das contribuições para a Segurança Social dos pequenos e médios agricultores e medidas de apoio com incidência fiscal e linhas (especiais) de crédito de longo prazo, altamente bonificado”.
