A edição 82 terá finais de montanha na Torre, Guarda, Santo Tirso, Montalegre e Senhora da Graça. Só haverá um ou dois finais ao sprint e o crono final de Viseu é bem conhecido
O percurso da Volta a Portugal de 2021, que estará na estrada entre 4 e 15 de agosto, em edição novamente organizada pela Podium, depois de a Federação Portuguesa de Ciclismo ter assumido as despesas em 2020, terá cinco finais em montanha, o primeiro deles ao quarto dia, pois a terceira etapa, Sertã-Covilhã, será na realidade até à Torre, a primeira das grandes dificuldades de uma corrida que terá pela terceira vez nas últimas quatro edições a Senhora da Graça como “rainha” no penúltimo dia. Este será também o quarto ano consecutivo em que a Torre se sobe na primeira semana, reduzindo o lote de candidatos a suceder a Amaro Antunes (W52-FC Porto) como vencedor.
A Volta terá um prólogo em Lisboa e a primeira etapa em linha parte de Torres Vedras, para chegar a Setúbal – foi na Serra na Arrábida que Raúl Alarcón se estreou de amarelo, em 2017 -, partindo depois de Ponte de Sor, respeitando o pressuposto contratual de ir ao Alentejo duas vezes a cada quatro anos, para ter final em Castelo Branco. Será a grande hipótese de um desfecho ao sprint.
A já falada etapa da Torre, vencida por Jóni Brandão em 2020, ainda a correr pela Efapel, antecede a dura ligação entre Belmonte e Guarda, que será de sobe e desce e com um final inclinado na cidade, também ele conhecido dos ciclistas.
Depois do único dia de descanso, o pelotão enfrenta o arranque de Águeda e o final no Monte Córdova, no santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso. Viana do Castelo entra na sexta etapa, mas sem Santa Luzia, pois será uma partida, fazendo uma ligação a Fafe que também será dura, mas sem um final em alto.
A etapa 7, de Felgueiras a Bragança, pode permitir a uma fuga vingar ou ser palco de um sprint, deixando as decisões para os últimos três dias: primeiro Montalegre, no caso a Serra do Larouco, onde em 2019 ganhou Luís Gomes. Segue-se a Senhora da Graça, onde Amaro Antunes fez a diferença no ano passado, mas desta vez a subida utilizada 18 vezes na corrida recupera a tradição recente: haverá muitas montanhas desde Boticas, para endurecer o final no Monte Farinha, que tal como em 2018 e 2019 – o figurino deste ano será muito semelhante ao dessa última edição montada pela Podium – antecede o contrarrelógio do último dia. Viseu recebe a prova pela 27.ª vez e repetirá o contrarrelógio com mais de 20 quilómetros de 2017. Será um traçado técnico, que há quatro anos teve Gustavo Veloso como homem mais rápido do último dia.
82.ª VOLTA A PORTUGAL
Data Etapa Percurso
04 agosto Prol. Lisboa (CRI)
05 agosto 1.ª Torres Vedras-Setúbal
06 agosto 2.ª Ponte de Sor-Castelo Branco
07 agosto 3.ª Sertã-Covilhã
08 agosto 4.ª Belmonte-Guarda
09 agosto dia de descanso
10 agosto 5.ª Águeda-Santo Tirso
11 agosto 6.ª Viana do Castelo-Fafe
12 agosto 7.ª Felgueiras-Bragança
13 agosto 8.ª Bragança-Montalegre
14 agosto 9.ª Boticas-Mondim Basto
15 agosto 10.ª Viseu (CRI)