Hipócritas que praticam o terrorismo intelectual. Cobardes que assassinam a liberdade criativa. A comunicação ao serviço dos pérfidos propósitos, homens e mulheres encarcerados. Intérpretes ornamentais, imorais e execráveis.
Dispensamos ideias e opiniões anacrónicas, inconsequentes e conjecturáveis. Necessitamos de intrepidez, inovação, loucura, gritos, mudança, reptos e irreverência. Dispensamos os vassalos e abraçamos os cidadãos. Precisamos de pessoas que também saibam dizer não.
A indecorosa colonização cultural e a perigosa violação à liberdade de expressão. Rotular comportamentos, procedimentos e indivíduos. Ideologia despótica que promove o pensamento único. Pertencer a “bandos”, condição umbrosa.
Não precisamos de políticos profissionais, mas sim de verdadeiros protagonistas. Dispensamos os actores decorativos que desprezam o desenvolvimento, a capacidade, o planeamento e a qualidade. Promover os serviçais somente amputa o nosso território. Lutar contra a submissão e contra os interesses silentes é o caminho.
Não nos querem conscientes, fulgurantes, inteligentes, destemidos e eruditos. Aplicar as palavras é comerciar os sinais da nossa própria existência. Os insubmissos são bravos lutadores e dinâmicos pensadores. A independência do indivíduo “autêntico” é sublime e maravilhosa.
Discursos descontextualizados, a obscenidade no seu auge e a promoção pertinaz da intriga. Criar boatos e disseminar o ódio, tamanha crueldade e perversidade. Induzir em erro os menos elucidados e comungar com o terror. Enganar, manipular e desinformar, paladares sepulcrais.
Telas perniciosas, desonestas, desastrosas e ilegítimas. Ameaçar a informação e a democracia. Fomentar o medo e a insegurança, configurações repletas de lodo. Ideias simplistas, vazias e preconceituosas.
Desenho pintado em tons de pouca luz. O poder e a força de um grito. Voz contra a repressão, anular a escuridão e destapar a claridade. Criar, imaginar e voar sem ter de me curvar.
Linha programática inexistente. Nocivo paradigma propagandista, páginas cáusticas e sórdidas. A vitimização levada ao extremo quando são alvo de oposição. Texturas sombrias e lacerantes, verdadeiras cantigas de morte.
Extinguir os encadeamentos entre o poder político e o poder económico. Venerar a inteligência, a interpretação, a contestação e a criatividade. Reinventar o território e retomar a confiança, a alma, o fulgor, o sorriso e a alegria. Distanciar os infames, os tiranos, os oportunistas e os vendedores de quimeras.
Inventar e perfilhar argumentos, evidenciar o essencial e abandonar a mediocridade. Consumar a resignação e sentir a cidadania, a relevância de raciocinar. Precisamos de homens íntegros, idealistas e iluminados. Necessitamos de massa crítica exigente e perseverante para voltar a acreditar na terra que amamos.