Porque sabemos, por experiência, o que vai acontecer aos países de Leste nos próximos 20 anos, essa pode ser uma grande vantagem para os empresários que aí queiram investir.

Tive oportunidade de visitar a Bulgária numas mini-férias. Facilidades dos tempos de hoje, da globalização e das viagens “low cost” ou de baixo custo, em que fica mais barato voar para Sofia, Bulgária, do que para a Madeira, ou do que ir de carro até ao Algarve…
O país que visitámos faz recordar em muitas coisas o nosso Portugal de 1988. Porquê? Bem, pelas muitas semelhanças que apresenta. A Bulgária é um país que aderiu à União Europeia há 2 anos, que está em obras por todo o lado, que está a sair de uma situação de degradação dos imóveis e vias de comunicação, que começa a abrir ao turismo, que começa a pronunciar as primeiras palavras em língua estrangeira, que vê surgir uma nova classe de empreendedores, enfim, um país que irá fazer a sua caminhada, não muito diferente da que nós fizemos nos últimos 20 anos.
A Bulgária é um país de quase 8 milhões de pessoas, com muitos emigrantes a trabalhar fora e com uma gritante diferença de níveis de vida. Pessoas a ostentar elevado rendimento, com carros de gama alta, e outras com os velhinhos carros a recordar o regime soviético partilham as estradas, umas já novas, outras esburacadas (quem não se lembra das nossas estradas de há uns anos atrás?).
A língua, uma vez mais, é ainda um factor de isolamento, de desconfiança e de frieza nos relacionamentos, mas sente-se no ar uma atmosfera de abertura, e aqui e ali já se ouvem expressões nessa língua universal em que o inglês se está a tornar, seja por força da internet ou da dita globalização.
Para umas férias na neve, já em fim de estação, nada melhor do que uns dias na estância de esqui de Bansko, a menos de 200 km da capital, Sofia, e verdadeiramente fascinante para os esquiadores amadores (nos quais me conto). Pistas longas, num dia de sol, com meios mecânicos de fácil acesso: é o sonho de qualquer praticante de snowboard ou de esqui.
A comida é de preços razoáveis (um pouco inferiores aos de Portugal), e aceitável para o gosto latino. Sofia oferece um bom conjunto de actividades culturais e aconselha-se um passeio a pé pelas ruas centrais, ainda que esteja a nevar, o que trará mais encanto ao passeio, sem trazer necessariamente frio, o que verdadeiramente não se sente. Neva, é certo, mas muita gente anda de manga curta nos postos de trabalho, embora se recomende um bom casaco para sair à rua.
São terras de oportunidade este conjunto dos Países de Leste. Sabemos o que lhes vai acontecer nos próximos 20 anos (pela experiência vivida após a nossa adesão à UE, (então CEE), e essa pode ser a grande vantagem dos empresários que desejem apostar nesses países.