Uma coisa é termos quase 2 milhões de constipações e gripes a que já vimos estando habituados, outra é a possibilidade de pandemia de uma gripe que ainda não tem vacinação assegurada e que pode causar um terramoto social e danos colaterais na nossa economia.

Com 12 empresas a falirem por dia, o Verão, que costuma ser uma lufada de ar fresco na economia, com aumento de consumos e entradas de turistas, está a revelar-se insuficiente para criar um quadro de optimismo capaz de nos fazer voltar a acreditar.

Muitos hão-de querer, depois de umas férias voluntárias ou forçadas pela política da empresa, voltar ao trabalho e ele poderá não estar lá. Como se sabe, quando a recessão chega, muitas empresas sofrem as consequências e algumas delas sem terem contribuído para tal, pois apenas se correlacionaram com um credor não cumpridor ou estavam no elo da cadeia produtiva que pela sua interdependência não podem produzir no volume adequado.

É por isso mesmo um Verão atípico. Um Verão em que muitos vão ficar nas suas casas, e regressar às suas aldeias de origem. Um Verão em que o aeroporto de Lisboa vai ser mais do que suficiente para os voos comerciais e um Verão em que a Bolsa teima em não acrescentar valor às acções. Temo que o PSI 20, no final de Agosto, não ande muito longe do princípio de Junho, pelo que bem poderá ser um Verão neutro.

Depois do Verão: ano escolar a arrancar, campanhas eleitorais – duas – a renovar “amanhãs promissores”, eleições, novos dados da evolução da economia e Gripe. Claro que não há Inverno sem gripe, mas uma coisa é quase 2 milhões de constipações e gripes a que já vimos estando habituados, outra é a possibilidade de pandemia de uma gripe que ainda não tem vacinação assegurada e que pode causar um terramoto social e danos colaterais na nossa economia, que nem por um momento queremos para já imaginar…