Que outro investimento rentabilizou em 2009 mais de 30% como as vinte maiores cotadas da Bolsa portuguesa?
Quem seguiu estas nossas humildes crónicas, certamente poderá ter feito alguns bons negócios, medidos em mais-valias efectivas. Certamente que alguns ainda fizeram negócios maiores, que em boa verdade são sempre possíveis mesmo em tempo de crise (vejam-se os casos recentes da Cimpor, da Teixeira Duarte e da ZON, todos a proporcionar boas oportunidades, curiosamente todas elas vindas de economias emergentes, o Brasil e Angola).
Os mercados nas economias emergentes sofreram muito com a crise presente, mas o potencial continua lá, a força produtiva e o mercado de consumo também. Basta pensar que só na última década a população mundial aumentou o equivalente a sessenta “portugais” e não foi nos países da “velha” economia que tal se verificou. Foi, isso sim, em grande parte nos países das economias emergentes. É pois tempo, neste novo ciclo económico, de prestar renovada atenção aos fundos de investimentos que aplicam capitais na China, Brasil, Índia, México e Angola, entre outros.
De resto, basta ver o que está a acontecer na Grécia – onde a expressão banca rota veio recentemente à agenda – e comparar os parâmetros da dívida pública e do défice, por exemplo, para se concluir que ter todo o investimento realizado em países com os mesmos problemas (de que Portugal não andará suficientemente longe) pode não ser a melhor das opções para 2010, sobretudo quando a ameaça de uma certa ingovernabilidade paira no ar.
Feliz Natal e um 2010 sem crises nem adversidades para os seus investimentos.