As empresas fazem parte da vida das pessoas, satisfazendo as indispensabilidades das mesmas. Hoje faz parte da prática empresarial a procura constante de planos e estratégias que permitam às organizações não só tornarem-se constantes e “duráveis” no pensamento dos consumidores, como também perfilharem uma colocação estratégica e táctica ajustada ao mercado. Será que a imagem de qualquer organização não é a consequência da oscilação entre as “apreensões” favoráveis e desfavoráveis?
Os programas de identidade visual incluem-se no seio de uma controvérsia contemporânea e têm desfrutado de um crescente interesse em todos os contextos estruturados de vivacidade social. Reivindicam-se, em grande escala, intercessões metódicas e constantes no aperfeiçoamento da imagem e na gestão dos semblantes de comunicação. Podemos afirmar que a identidade visual é um molde de plasmar visualmente a totalidade da comunicação de uma empresa, de um produto ou de um serviço através da confecção de ambiências que agasalhem e vulgarizem, de uma forma espontânea, fácil e atraente, o carácter e a filosofia de uma determinada “etiqueta”.
Para uma convincente e completa estruturação de uma marca é imprescindível executar rigorosos estudos e “ensaios” de mercado. Estes devem ser bastante elucidativos sobre a opinião dos consumidores em relação à identidade visual da empresa e aos seus produtos. As pesquisas de mercado não só colectam, registam e analisam enigmas relacionados com a venda de mercadorias ao consumidor, como também procuram comutar os palpites e pressentimentos dos executivos, tentando, dessa forma, evitar despesas em publicidade e propaganda de produtos e serviços que em princípio não vão “usufruir” de consumidores. Neste sentido, podemos afirmar que os verdadeiros estudos de mercado reduzem, em semblantes significativos, as despesas, desabotoando, simultaneamente, campos de acção para o marketing e para a publicidade, bem como possibilitando a verificação do posicionamento e segmentação da organização na “praça”.
Habitamos na civilização da imagem, da representação, da contemplação, da afiguração e do espectáculo. Numa altura em que as sociedades valorizam tanto a imagem, somos obrigados a assistir a uma superabundância de imagens que vão alicerçando cabimentos para exortar paladares, predilecções e figurações. Contudo, por vezes, essa “orgia” de imagens e signos não hospeda uma diligente investigação crítica.
A identidade corporativa constitui-se como uma questão intrincada e ambígua, uma vez que apadrinha uma panóplia de conceitos como a cultura, imagem, visão estratégica, orientação, posicionamento, propósitos, planos, programas, projectos e estratégias.
A empresa e a opinião pública devem desfilar sistematicamente de braço dado, uma vez que o êxito de qualquer organização depende, quase por completo, dos paladares, desejos contemplações, necessidades e pretensões da população. No circuito organizacional, a pesquisa de opinião é degustada como sendo a melhor configuração para conhecer a opinião dos diversos públicos. As organizações necessitam desses estudos para legitimarem as suas políticas, estratégias, odores e decisões diante das comunidades. Será que a mensagem difundida pela empresa não deve ser singular, distinta, simples, abrangente, verdadeira, coerente, identificadora e emotiva para que estacione no “espírito” dos consumidores?
Os projectos de identidade visual contemplam toda a actividade social, política, económica e cultural. Os elementos e componentes visuais devem cooperar e participar na constituição de uma “individualidade” colectiva em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento, procurando, incansavelmente, concordâncias cada vez mais penetrantes, indicativas, intensas e expressivas. A constante dilatação dos mercados vai acondicionando, de forma bastante célere, distintos idiomas e culturas, e reclamando por padrões de alfabetização visual que proporcionem e pressagiem esse “compreendimento”. Será que os signos gráficos não adquiriram enorme evidência na comunicação actual?
O design reflecte os desejos, as expectativas, os interesses e o ambiente cultural, social, moral, político, ecológico, económico e ideológico de um determinado período histórico. É seguramente importante agasalhar a consciência de que as imagens acondicionam um enorme potencial comunicativo. Os elementos de identificação, como a denominação e o logótipo, são os acessórios mais duradouros da identidade visual. A sua actualização estará sempre associada às metamorfoses na “existência” da instituição ou no “encadeamento” em que a mesma está matriculada.
A marca passou a exteriorizar o produto autêntico, embora também coleccione uma série de predicados tangíveis e intangíveis que colaboram para a sua diferenciação. O design deve empenhar-se na angariação de soluções harmoniosas para toda e qualquer circunstância, procurando e lidando, simultaneamente, com a inovação, a criatividade e a originalidade. A pigmentação, a textura, o ritmo, a constituição e a configuração constituirão sempre o recheio das conclusões gráficas. Será que uma identidade vincada e saliente não necessita de movimento, flexibilidade e dinamismo para influenciar e impressionar positivamente o meio circundante?
A comunicação visual, que destaca virtudes e ameniza debilidades, está presente em todos os “mecanismos” de comunicação, embrulhando como finalidades: o impacto visual; a memorização de um símbolo; e a solidificação de uma marca. Apostar na comunicação visual é certamente um investimento, uma vez que a mesma alberga “retornos” para as empresas mais do que suficientes para que não a apelidem de custo.