Um cartão vermelho à nossa economia, à falta de estratégia e perante a desconfiança dos mercados.

Depois da tragédia grega, avizinha-se um período difícil, também, para a generalidade dos portugueses, em que sacrifícios impensáveis lhes vão ser exigidos a troco de nada.

Passado um ano da reeleição do Governo, muito se anunciou mas pouco ou nada mais se fez do que “empurrar os problemas com a barriga”, sendo agora maior o nível de empobrecimento colectivo.

O OE em vez de ser um instrumento previsional de receitas e despesas com grandes orientações de política económica, tornou-se numa tenaz que corta direitos, nega as oportunidades do presente e impõe enormes nebulosidades sobre o futuro.

A opção é sua (como sempre): aproveitar os baixos preços das acções de empresas que quer ter em carteira, ou esperar por Fevereiro, e só aí tomar as decisões, correndo, porventura, menos riscos.

Um Estado como o nosso teria muito a ganhar se olhássemos o País como um todo, uma unidade que tem de avançar e desenvolver-se em simultâneo.

Fomentar a criação de postos de trabalho é a tarefa mais importante que se coloca hoje aos nossos governantes, e é muito mais importante do que os TGVs, os Submarinos ou outros investimentos de milhares de milhões.

São tempos de colher os frutos da globalização e de sofrer os efeitos de muitas concorrências e de repensar o futuro. São tempos para uma séria governação, com rumo e firmeza.

Estão criadas todas as condições para um verdadeiro sobe e desce nas cotações dos títulos, com muita especulação, muitos ataques, muitas indecisões, muito frenesim, grandes perdas e algumas subidas esporádicas.

Mais de uma década a divergir da Europa tinha de ter esta consequência. Não é uma cabala: são factos! Estamos todos mais pobres e o futuro vai trazer novos sacrifícios. O problema é que os que já há muito vêm fazendo sacrifícios dificilmente aceitarão mais!