O semblante dos negócios está bastante marcado pelas constantes transformações económicas, políticas e tecnológicas. Com o aumento significativo da rivalidade nas “divisas” e fronteiras políticas, e com a medrante liberalização internacional das “laborações” industriais e comerciais, é pertinente afirmar que a internacionalização da actividade empresarial desassossega, tanto as pequenas e médias empresas, como as grandes organizações.
Às organizações exige-se constantemente ousadia, coragem, confiança, firmeza e inteligência na preparação dos programas, uma vez que as mesmas, somente com elevados índices de competitividade, conseguem continuar a “desfilar”. A globalização da “rivalidade”, em relação à sua gestão, agasalha expressivas mutações, prescrevendo que as empresas se devem “posicionar” em moldes produtivos, maleáveis e dinâmicos. Será que o mercado internacional não tem vindo a alcançar brilho nas políticas governamentais e nas “controvérsias” das lideranças organizacionais?
Os paradigmas predominantes de internacionalização foram concebidos e aperfeiçoados nos países desenvolvidos, e são desenhados principalmente pela competição. Todavia, emerge a contusão quando nos apercebemos que esses modelos, devido às especificidades dos mercados, não servem para os países menos industrializados. O ingresso no comércio internacional quase sempre hospeda uma emaranhada “brincadeira” de relacionamentos. Esta conjuntura, por impor à organização uma perpétua revisão e ponderação das suas estratégias, comprometimentos e comportamentos, faz com que seja extraordinariamente complicado elaborar um plano previamente “sentenciado”. Portanto, a internacionalização de empresas, em vez de ser considerada como um processo projectado, ponderado, determinado com antecedência e fundamentado num estudo lógico, deve ser contemplada como um processo sequencial, que objectiva a aprendizagem ininterrupta, através de períodos de responsabilidade e compromisso medrante com os mercados externos.
A internacionalização empresarial acondiciona algumas vantagens como sejam: a possibilidade da instalação de filiais em Países onde os recursos materiais e humanos tenham um custo mais reduzido; a oportunidade de executar exportações de forma regular; o uso das tecnologias de transporte e de comunicação em todo o seu esplendor; e a convivência com ambientes mais competitivos, na medida em que a “discussão” do mercado, com organizações fortemente competitivas, fomentará a inovação, e a qualidade dos produtos e serviços.
No fundo, este fenómeno pressupõe um “sistema” de crescente encadeamento e “arremesso” internacional, no qual é possível escolher uma enorme multiplicidade de “dosagens” de instilação que espelham níveis desiguais de compromisso, de responsabilidade, de risco e de controlo. Neste entrecho, a nomeação da forma como a empresa comparece no comércio estrangeiro é uma das deliberações estratégicas mais elementares em todo o processo de internacionalização, uma vez que vai circunscrever e regularizar, não só a intensidade de “superintendência” sobre as laborações internacionais, como também o nível de comprometimento e de abrangência que a organização perfilha.
A verdade é que existem uma série de variáveis, em relação ao País emissor e ao País receptor, que devem ser levadas em linha de conta quando abordamos o tema internacionalização. De entre essas variáveis podemos destacar: a dimensão económica dos Países; os salários e o custo das matérias-primas; a indumentária da taxa de juro; a separação geográfica; a estabilidade política e económica; o hiato cultural; o volume potencial do mercado; e as particularidades dos fundadores e administradores.
A internacionalização impulsiona o aperfeiçoamento das organizações, pois, quer seja para “avassalar” novos mercados, quer seja para imunizar o seu posicionamento no mercado interno, submete-as sempre à modernização. A natureza dos recursos estratégicos vai sendo metamorfoseada ao longo dos tempos, na medida em que os mesmos, alicerçados na erudição das organizações, na singularidade, na raridade, e na problemática contrafacção, substituição e permutação, passaram a envergar as insígnias dos recursos metafísicos e imateriais. Deste modo, o comércio estrangeiro vai conquistando cada vez maior relevância para o empreendedor que queira verdadeiramente prosperar.
No comércio mundial, para as empresas que operam para além das suas fronteiras nacionais, acabam por existir dissemelhantes formatos de alargamento das actividades produtivas.
O fortalecimento de um sistema diligente de comercialização, por todo o mundo, vai sendo responsável pelo aparecimento de várias alternativas institucionais que contribuem para a ampliação das laborações empresariais. A realidade é que as nossas empresas desfrutam de algumas possibilidades para se converterem em organizações multinacionais.
Todavia, as empresas portuguesas deverão desenhar “serventias” bastante descoincidentes daquelas que algumas empresas estrangeiras multinacionais “esboçaram”.