- Temos, supostamente, um bom e democrático Serviço Nacional de Saúde, público, mas com infindáveis listas de espera e tremenda ineficiência, endividado e custando aos contribuintes cerca de 11 mil milhões de euros por ano.
- Temos 700 mil funcionários públicos e seus familiares que têm um sistema privado de saúde, por eles suportado, chamado ADSE, e que não utilizam o SNS público.
- Os funcionários pagam 3,5% do seu rendimento para garantir esse sistema privado que funciona como um seguro de saúde, pago pelos próprios, contratualizando depois a ADSE com entidades privadas os cuidados e serviços de saúde.
- Os prestadores de saúde privados que trabalham com a ADSE querem deixar de o fazer ou querem receber o que lhes deve a ADSE e querem aumentar os custos dos serviços.
- Os funcionários públicos ponderarão desistir do sistema, procurando seguros de saúde que lhes garantam os cuidados e a celeridade que o SNS não garante. Os de maiores vencimentos e descontos serão os primeiros a migrarem, caso as dificuldades não sejam ultrapassadas.
- Se forem saindo os beneficiários de maiores rendimentos, o sistema ADSE não se aguentará sem apoios do Orçamento de Estado, pagando nesse caso todos os contribuintes este seguro privado de saúde, incluindo os que, no SNS anseiam e aguardam pela sua vez…
Em conclusão:
- O SNS não é afinal tão bom assim.
- O SNS implode se 1,2 milhões de beneficiários transitarem da ADSE para o SNS.
- Os funcionários públicos não confiam no SNS público, o que é um paradoxo… preferindo ser tratados por profissionais ao serviço de entidades privadas.